O que é espondilose lombar? Quais os sintomas? Existe tratamento?
O que é espondilose lombar?
A espondilose é a doença reumática mais incidente1 em todo o mundo. É uma doença degenerativa2 de caráter crônico3 e progressivo. Em algum grau, quase todas as pessoas mais velhas revelam sinais4 de alterações nas vértebras, discos intervertebrais e articulações5 facetárias da coluna, embora elas já comecem a ocorrer aos 25 anos!
Como a coluna lombar suporta todo o peso do corpo e do que se carrega e é responsável por torcer e curvar o corpo, é ela que sofre mais alterações. A espondilose lombar ocorre principalmente na quarta e quinta vértebras lombares6 (L4-L5), mas pode ocorrer nas outras, inclusive fora da região lombar7. A espondilose afeta os discos e consequentemente as juntas facetadas pela perda do material que os constitui. Os ossos das juntas facetadas e/ou os discos se alargam, formando calos ósseos chamados osteófitos8 (“bicos de papagaio”), podendo limitar os movimentos e enrijecer a coluna.
Quais são os sinais4 e sintomas9 da espondilose lombar?
Geralmente a espondilose inicia-se depois dos 40 anos de idade e afeta igualmente os dois sexos. As pessoas sujeitas a trabalhos “pesados”, como agricultores, estivadores e pescadores são mais propensas à espondilose lombar, mas a doença pode afetar qualquer um. Embora os indivíduos com alterações da coluna lombar, com grande frequência tenham dores nas costas10, não há uma correlação linear entre as duas coisas. Um indivíduo pode apresentar alterações importantes e, mesmo assim, não ter nenhum sintoma11 ou vice-versa. A dor da espondilose lombar geralmente é sentida de ambos os lados da região lombar7, às vezes, de um lado mais que do outro e pode se irradiar para as nádegas12 e parte posterior da coxa13. Ela costuma piorar com o exercício físico ou quando o indivíduo se curva e ser amenizada pelo repouso. Algumas pessoas as sentem piores se permanecem em uma única posição ou sentadas por longo tempo.
Como o médico diagnostica a espondilose lombar?
Além dos sinais4 e sintomas9 clínicos a espondilose lombar conta, para o seu diagnóstico14, com as radiografias, a tomografia e a ressonância magnética15 da coluna. A eletromiografia16, a cintilografia17 e a densitometria18 ósseas são ainda exames que podem auxiliar na determinação do problema, embora seja raro que se precise utilizá-los.
Como o médico trata a espondilose lombar?
Primeiramente o tratamento deve ser conservador, com analgésicos19, anti-inflamatórios e repouso na cama, buscando aliviar a dor. Uma fisioterapia20 bem orientada pode reforçar a musculatura paravertebral e evitar ou diminuir a instabilidade da coluna. Se a dor e os sintomas9 de compressão nervosa forem muito intensos e não cederem com o tratamento clínico, pode-se impor a cirurgia. O tratamento consiste frequentemente em laminectomia (retirada das lâminas), foraminotomia (abertura dos forames), flavectomia (retirada do ligamento amarelo21) e osteotomias (para retirada dos “bicos de papagaio”). Se houver espondilolistese associada, pode ser necessário proceder-se às fixações e/ou fusões vertebrais por meio de cirurgia.
Como prevenir a espondilose lombar?
Não há como prevenir a espondilose lombar de maneira total. No entanto, algumas providências parecem contribuir para que a coluna se mantenha mais sadia, entre elas evitar traumatismos sobre a coluna, principalmente se repetitivos.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites do Australian Government – Department of Veterans’ Affairs, Mayo Clinic e da American Academy of Orthopaedic Surgeons – Orthoinfo.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.