Tórax instável - conceito, causas, características clínicas, diagnóstico, tratamento e possíveis complicações
O que é tórax1 instável?
O tórax1 instável, também chamado tórax1 flácido, é resultante de fraturas costais, levando à interrupção das conexões ósseas da região afetada com o restante da caixa torácica, e prejudicando a movimentação da parede torácica2. Assim, esta parede deixa de proporcionar um apoio ósseo rígido, necessário para manter a expansibilidade torácica suficiente para uma função ventilatória normal.
Quais são as causas do tórax1 instável?
A instabilidade torácica resulta da fratura3 de várias costelas4 (pelo menos dois pontos de fratura3 em duas costelas4 consecutivas), associadas ou não a fraturas de coluna vertebral5 ou do esterno6. As fraturas geralmente ocorrem entre as terceiras e oitavas costelas4, porque elas são longas, finas e pouco protegidas. A instabilidade da caixa torácica leva a prejuízos na ventilação7.
Saiba mais sobre "Fratura3 óssea".
Quais as alterações fisiológicas8 causadas à respiração por um tórax1 instável?
A respiração normal depende da expansão da parede do tórax1 que cria uma pressão negativa no interior do tórax1, possibilitando a expansão dos pulmões9 e a inspiração10 do ar. Por outro lado, a contração das paredes torácicas cria uma pressão positiva que expulsa o ar do interior dos pulmões9 no movimento de expiração11.
A instabilidade torácica compromete essa dinâmica da função ventilatória. No tórax1 instável ocorre um movimento paradoxal12 da parede torácica2 (respiração paradoxal12): durante a inspiração10, o segmento instável move-se para dentro e durante a expiração11, para fora.
Quais são as principais características clínicas do tórax1 instável?
Os prejuízos clinicamente significativos da função respiratória dependem pelo menos da fratura3 de quatro costelas4 consecutivas, em dois ou mais locais. Mesmo fraturas menos exuberantes podem afetar a função respiratória se há outras comorbidades13 presentes e se a idade é avançada.
Além do movimento paradoxal12 descrito acima, o paciente apresenta dor, quadro de hipóxia14 grave que pode progredir para insuficiência respiratória15 e choque16 circulatório. A instabilidade torácica diminui drasticamente a capacidade pulmonar e a capacidade de tossir, predispondo ao acúmulo de secreções, atelectasias17 e pneumonia18.
Leia sobre "Pneumonia18" e "Insuficiência respiratória15".
Como o médico diagnostica o tórax1 instável?
O diagnóstico19 de tórax1 instável é feito pela observação dos movimentos respiratórios paradoxais do segmento afetado. Também se verifica crepitações20 dos arcos costais à palpação21 da parede torácica2. Exames radiográficos e de tomografia computadorizada22 ajudam a confirmar o diagnóstico19.
Como o médico trata o tórax1 instável?
Fraturas costais podem exigir atenção de urgência23, tal como intubação endotraqueal e estabilização manual ou cirúrgica do segmento instável. Outros tratamentos podem ser realizados para controlar sintomas24 associados, como a dor, por exemplo. A fisioterapia25 é muito importante para evitar as complicações.
Quais são as complicações possíveis do tórax1 instável?
As fraturas costais que causam o tórax1 instável podem se complicar com pneumonias, pneumotórax26, hemotórax, lesões27 hepáticas28 e insuficiências respiratórias graves.
Veja também sobre "Intubação endotraqueal", "Fisioterapia25", "Pneumotórax26" e "Ventilação7 mecânica".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.