Psicose reativa
O que é a psicose1 reativa?
Como o próprio nome indica, as psicoses reativas são constituídas pelo aparecimento abrupto de sintomas2 psicóticos motivados por um fator psicossocial estressante. Na verdade, essas reações são determinadas não só pelas situações traumáticas, mas também pelas disposições pré-existentes da personalidade. No entanto, os fatores ambientais detêm maior importância como evento causal. Melhor seria pensar nos fatores externos como desencadeantes de um surto psicótico agudo3.
As psicoses reativas representam uma falência aguda da capacidade de adaptação a uma situação difícil. Deve ser enfatizada a possibilidade de ganho emocional4 (primário ou secundário) com a eclosão do surto psicótico agudo3.
Quais os principais sintomas2 das psicoses reativas?
As psicoses reativas têm início súbito dos sintomas2 e retornam à normalidade em tempo relativamente curto. (Em geral, menor que um mês). O comportamento adquire posturas peculiares, trejeitos, gritos ou mutismo5 completo. Frequentemente ocorre desorientação, confusão mental, distúrbios de memória, fabulações, alucinações6, delírios, etc. São frequentes as modificações rápidas de humor, a perplexidade e a regressão. O comportamento catatônico ou desorganizado é comum e isso pode confundir com os casos de simulação ou de histeria.
Podem existir traços de personalidade sugestivos de algum distúrbio psíquico, previamente ao fator desencadeante. O aparecimento da sintomatologia segue-se ao fator estressor em poucas horas e não duram mais de um mês.
Qual o prognóstico7 das psicoses reativas?
Normalmente as psicoses reativas são inteiramente reversíveis, sem deixar sequelas8. Os seguintes dados indicam um prognóstico7 favorável:
- Boa adaptação emocional antes do surto.
- Grande intensidade do fator precipitante.
- Aparecimento repentino dos sintomas2.
- Presença de depressão.
- Confusão e perplexidade durante a crise.
- Pouco empobrecimento afetivo.
- Curta duração dos sintomas2.
- Falta de tendência hereditária para a esquizofrenia9.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.