Hipercolesterolemia familiar: o que é?
O que é a hipercolesterolemia1 familiar?
A hipercolesterolemia1 familiar é uma alteração que pode afetar igualmente os dois sexos e na qual os níveis de colesterol2 das pessoas apresentam-se elevados desde o nascimento. Os indivíduos com hipercolesterolemia1 familiar têm um risco muito aumentado para doenças cardíacas e arteriais.
Quais são as causas da hipercolesterolemia1 familiar?
A parcela maior do colesterol2 dosado no sangue3 não vem da dieta, mas da produção dele pelo fígado4, a qual é regulada pelos genes. A hipercolesterolemia1 familiar é uma doença genética que tanto pode ser homozigótica5 como heterozigótica. Ela se deve a um defeito nos genes que conduz a não remoção do colesterol2 do sangue3, com o consequente aumento dos seus níveis. A forma homozigótica5, em que ambos os pais transmitiram a doença, é a mais grave, mas de incidência6 quase desprezível; a heterozigótica é bem mais frequente, embora de menor gravidade. Os indivíduos com forma homozigótica5 costumam apresentar colesterol2 acima de 600 mg/dl7 e sofrem doenças cardíacas ou coronarianas já na primeira década da vida. Esse texto tratará daqui em diante apenas da hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica.
Uma pessoa com hipercolesterolemia1 familiar tem 50% de probabilidade de transmitir o defeito aos seus descendentes e metade dos filhos de um indivíduo com a doença tem a probabilidade de ter hipercolesterolemia1 familiar. Por isso, é muito importante que os familiares de um indivíduo diagnosticado como tendo hipercolesterolemia1 familiar verifiquem e controlem os valores do seu colesterol2.
Quais são os principais sinais8 e sintomas9 da hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica?
A hipercolesterolemia1 familiar por si só não provoca sintomas9, mas ao longo do tempo o colesterol2 alto no sangue3 contribui para a aterosclerose10, base para a ocorrência do infarto do miocárdio11 e do acidente vascular cerebral12. Os indivíduos afetados pela hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica habitualmente têm valores de colesterol2 total acima dos 300 mg/dl7 e valores normais de triglicerídeos.
Como o médico diagnostica a hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica?
As pessoas sob suspeita de poderem ter hipercolesterolemia1 familiar devem dosar seus níveis de colesterol2 no sangue3 a partir dos 10 anos de idade. Se houver familiares próximos com diagnóstico13 conhecido de hipercolesterolemia1 familiar ou infarto do miocárdio11 precoce, a dosagem deve ser feita a partir dos 2 anos de idade. A presença de níveis elevados de colesterol2 numa criança e/ou a existência de doença coronária prematura em qualquer membro de uma família são indicativos de hipercolesterolemia1 familiar e devem ser investigados nesse sentido. Pessoas com LDL14-colesterol2 (o "colesterol2 ruim”) acima de 190 mg/dl7, provavelmente são portadoras de hipercolesterolemia1 familiar. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico13 e tomadas as medidas terapêuticas e preventivas, menor será a chance e mais lenta será a evolução da arteriosclerose15 e de suas consequências.
Como o médico trata a hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica?
O tratamento da hipercolesterolemia1 familiar é feita com medicação que deve ser tomada por toda a vida, mas é igualmente importante manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regulares e abster-se de tabaco.
Como evolui a hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica?
Se adequadamente tratadas e aconselhadas desde cedo, as crianças com hipercolesterolemia1 familiar poderão ter a mesma esperança de vida que o resto da população.
Sem tratamento, contudo, o risco de doença coronariana16 fatal entre os 20 e os 39 anos de idade é cem vezes superior ao da população normal.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.