Ministério da saúde: Brasil tem 200 casos de coronavírus
Na noite de 15/03/2020, era 200 o número de casos oficiais de COVID-19 no Brasil, indicando que o vírus1 SARS-Cov-2 segue se alastrando. Ainda não há registros de morte no país, no entanto, há um caso grave de um médico nefrologista2 que está entubado, no Rio de Janeiro. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com maior número de casos e onde já se tem a transmissão comunitária da doença, que ocorre quando não é identificada a origem da contaminação.
No mundo, os números de casos de COVID-19 já chegaram a 179 mil, envolvendo 155 países/regiões do globo terrestre.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde3 (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, divulgou sem maiores detalhes nesta segunda, 16 de março, que há casos de mortes de crianças pelo novo coronavírus. A OMS vem ressaltando que os grupos mais vulneráveis incluem idosos e pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes4, doenças cardíacas e hipertensão arterial5. Há necessidade de se testar todos os casos suspeitos. Se der positivo, é fundamental descobrir todos os seus contatos próximos, testá-los e isolá-los.
O diretor afirmou ainda que os governos devem ampliar a oferta de exames do novo coronavírus, além de incentivar o isolamento social. O crescimento rápido da doença em todo o mundo ressalta a importância da adoção de medidas preventivas.
O Ministério da Saúde3 anunciou orientações, na última sexta-feira (13/03), para evitar a disseminação da doença. As orientações deverão ser adaptadas pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade de cada local.
Medidas como lavar as mãos6 e evitar aglomerações reduzem o contágio7 da doença. Sem a adoção das recomendações, o número de casos do coronavírus pode dobrar a cada três dias. O Ministério da Saúde3 recomenda a redução do contato social para reduzir as chances de transmissão do vírus1, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.
As medidas gerais, válidas a partir da última sexta-feira (13/03) a todos os estados brasileiros, incluem:
- Reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca8 com o antebraço9 ou lenço descartável ao tossir e espirrar).
- Isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas10 da doença por até 14 dias.
- Recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde3. As unidades de saúde3, públicas e privadas, deverão iniciar, a partir da próxima semana, a triagem rápida para reduzir o tempo de espera no atendimento e consequentemente a possibilidade de transmissão dentro das unidades de saúde3.
- Os vírus1 respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente e a desinfecção11 de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas e corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o vírus1.
- A forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos6 e beijos no rosto.
- Para os serviços públicos e privados, é indicado que disponibilizem locais para que os trabalhadores lavem as mãos6 com frequência, álcool em gel 70% e toalhas de papel descartáveis. Há ainda a orientação sobre o uso de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O Ministério da Saúde3 recomenda que a utilização de equipamento de proteção seja feita apenas por pessoas doentes, casos confirmados da doença, contatos domiciliares e profissionais de saúde3.
- Para áreas com transmissão local da doença, é recomendado que idosos e doentes crônicos evitem contato social como idas ao cinema, shoppings, viagens e locais com aglomeração de pessoas.
- A vacina12 contra a gripe13 também é recomendada e a Campanha Nacional de Vacinação terá início no dia 23 de março, quando idosos e profissionais de saúde3 terão prioridade para se vacinarem. A vacina12 contra a influenza14 garante proteção para três tipos de vírus1 (H1N1, H3N2 e Influenza14 B). Mesmo que a vacina12 não apresente eficácia contra o coronavírus é uma forma de prevenção para outros vírus1, ajudando a reduzir a demanda de pacientes com sintomas10 respiratórios e a acelerar o diagnóstico15 para o coronavírus.
Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias, incluindo o coronavírus.
Casos confirmados de coronavírus no Brasil
Estado | Número de casos |
São Paulo | 136 |
Rio de Janeiro | 24 |
Distrito Federal | 8 |
Paraná | 6 |
Santa Catarina | 6 |
Rio Grande do Sul | 6 |
Goiás | 3 |
Pernambuco | 2 |
Bahia | 2 |
Minas Gerais | 2 |
Amazonas | 1 |
Rio Grande do Norte | 1 |
Alagoas | 1 |
Sergipe | 1 |
Espírito Santo | 1 |
TOTAL | 200 |
Leia a notícia completa em: Saúde3 anuncia orientações para evitar a disseminação do coronavírus
Fonte: Ministério da Saúde3, em 13 de março de 2020.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.