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Atualização sobre sífilis

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O que é sífilis1?

A sífilis1, ou lues, é uma doença infectocontagiosa2, sexualmente transmissível, causada por uma bactéria3. A infecção4 teve um rápido e significativo decréscimo depois da descoberta e uso da penicilina nos anos 40 do século passado, mas ultimamente vem assumindo um preocupante crescimento no Brasil e no mundo inteiro. Esse aumento tem alarmado os médicos e os serviços públicos de saúde5 no Brasil. Os casos de sífilis1 adquirida que eram 3.935 em 2010, passaram para 158.051 em 2018!

Esse grande aumento dos casos de sífilis1 deve-se a alguns fatores:

  • A resistências das pessoas (jovens, principalmente) de usarem camisinha nas relações sexuais
  • Maior promiscuidade de relações sexuais
  • Desaparecimento espontâneo das lesões6 iniciais, dando a impressão de que o indivíduo está curado
  • Os mais jovens não presenciaram os flagelos7 antigos da sífilis1 e de seus tratamentos
  • O fácil tratamento atual encoraja as pessoas a correrem o risco de contrair a doença
  • A semelhança dos seus sinais8 e sintomas9 com outras enfermidades, o que dificulta o seu reconhecimento

Quais são as causas da sífilis1?

A sífilis1 é uma infecção4 bacteriana causada pelo Treponema pallidum. A transmissão dessa bactéria3 geralmente se dá por relações sexuais não protegidas (sem o uso de camisinha), através de contado direto com as lesões6 do portador que contém o germe10, e pode também ocorrer de forma congênita11, por transmissão da mãe contaminada ao feto12, durante a gravidez13 ou o parto, por contato cutâneo14 direto ou por via transplacentária15.

Leia sobre "Doenças sexualmente transmissíveis", "Cancro mole e cancro duro", "HPV e verrugas genitais" e "Vulvovaginite16".

Qual é o substrato fisiopatológico da sífilis1?

O Treponema pallidum é uma espiroqueta17 que não pode sobreviver muito tempo fora do corpo humano18. Na sífilis1 sexualmente adquirida, ele entra no corpo pelas mucosas19 ou pela pele20, alcança os linfonodos21 regionais dentro de horas e rapidamente se dissemina para todo o organismo.

A fisiopatologia22 da doença decorre da interação direta da bactéria3 com os tecidos afetados, com indução de processo inflamatório inicialmente agudo23 que pode se tornar crônico24 com a evolução do quadro.

Quais são as características clínicas da sífilis1?

A sífilis1 pode se manifestar em quatro estágios diferentes: (1) primário, (2) secundário, (3) latente e (4) terciário.

Sífilis1 primária

Se caracteriza por uma ferida no local de entrada da bactéria3 (pênis25, vulva26, vagina27, colo uterino28, ânus29 ou boca30). Classicamente, trata-se de uma única úlcera31 de pele20, firme, indolor e que não coça, com uma base limpa e bordas afiadas com aproximadamente 0,3 a 3,0 centímetros de tamanho. Aparece entre 10 e 90 dias (mais frequentemente entre a 2ª e 6ª semanas) após o contágio32 e desaparece sozinha, independentemente de tratamento. Essas lesões6 contêm grande número da bactéria3 causadora e os linfonodos21 regionais frequentemente (80%) são também afetados.

Sífilis1 secundária

Aparece entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da lesão33 (ferida) inicial. Sua apresentação é muito variável e o quadro clínico pode se assemelhar a diversas outras patologias. Por isso, alguns falam desse estágio como sendo “o grande imitador”. Mais comumente, os sintomas9 envolvem a pele20, as membranas mucosas19 e os linfonodos21. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo a palma das mãos34 e a planta dos pés, as quais se fazem acompanhar de febre35, mal-estar, dor de cabeça36, perda de peso, queda de cabelos e ínguas pelo corpo. As erupções cutâneas37 no tronco e nas extremidades podem se tornar pápulas38 pustulosas. Podem ainda se formar lesões6 planas, largas, esbranquiçadas, semelhantes a verrugas nas membranas mucosas19. Mais raramente, pode haver inflamação39 do fígado40, doença renal41, inflamação39 das articulações42, periostite, inflamação39 do nervo óptico, uveíte43 e ceratite intersticial44. Os sintomas9 agudos remitem após cerca de três a seis semanas e muitas pessoas que apresentam sífilis1 secundária não relatam ter tido anteriormente as lesões6 típicas da sífilis1 primária. As lesões6 da sífilis1 secundária também abrigam grande número de bactérias e são, pois, infecciosas.

Sífilis1 latente

Tem prova sorológica da infecção4, sem sinais8 ou sintomas9 de doença. Sua duração é variável, quase sempre sendo interrompida pelo surgimento de sinais8 e sintomas9 da forma secundária ou terciária. A sífilis1 latente é dividida em (a) estágios latentes iniciais, com menos de 2 anos após a infecção4 original e ainda infecciosa e (b) estágios latentes tardios, não é mais tão infecciosa quanto na fase inicial. Essa fase pode durar de 2 a 40 anos (média de 15 anos).

Sífilis1 terciária

Surge depois desses anos, principalmente com sinais8 e sintomas9 constantes principalmente de lesões6 cutâneas37, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. Nesse estágio, a doença não é mais infecciosa. Ela pode ocorrer em três formas diferentes: sífilis1 gengival, neurossífilis tardia e sífilis1 cardiovascular. Sem tratamento, um terço das pessoas infectadas desenvolve doença terciária. Esse estágio é caracterizado pela formação de “gomas” crônicas, que são bolas de inflamação39 macias, semelhantes a tumor45, que podem variar consideravelmente em tamanho e que afetam a pele20, os ossos e o fígado40, mas podem ocorrer em qualquer outro lugar.

A manifestação mais comum da sífilis1 cardiovascular é uma aortite46 sifilítica, que pode resultar na formação de aneurisma47 da aorta48.

A neurossífilis é uma infecção4 que envolve o sistema nervoso central49. Pode ocorrer precocemente, na forma de meningite50 sifilítica, ou tardiamente, como neurossífilis meningovascular ou neurossífilis parenquimatosa, esta última incluindo paralisia51 geral ou tabes dorsalis. A neurossífilis meningovascular envolve a inflamação39 das artérias52 pequenas e médias do sistema nervoso central49 e é caracterizada por acidente vascular cerebral53, paralisia51 dos nervos cranianos e inflamação39 da medula espinhal54. A neurossífilis parenquimatosa pode se desenvolver décadas após a infecção4 original e inclui 2 tipos de apresentação: paralisia51 geral e tabes dorsalis. A paralisia51 geral (ou paresia55 geral) é uma forma de demência56, com alterações de personalidade, delírios, convulsões, psicose57 e depressão. A tabes dorsalis é caracterizada por instabilidade de marcha, dores agudas no tronco e nos membros e sensação posicional prejudicada dos membros.

Sífilis1 congênita11

A sífilis1 congênita11 é aquela transmitida pela mãe ao bebê, seja durante a gravidez13, por via transplacentária15, ou durante o parto, por contato direto. Dois terços dos bebês58 sifilíticos nascem assintomáticos, mas os sintomas9 comuns que se desenvolvem nos primeiros dois anos de vida e incluem aumento do fígado40 e baço59, erupção60 cutânea61, febre35, neurossífilis, inflamação39 pulmonar e defeitos dentários. A infecção4 durante a gravidez13 também está associada ao aborto espontâneo.

Veja também sobre "Úlceras62 genitais femininas e masculinas", "Uretrites gonocócicas e não gonocócicas"

Como o médico diagnostica a sífilis1?

O diagnostico63 será baseado nos sinais8 e sintomas9 do paciente e no seu histórico clínico. O médico também deverá fazer um exame físico completo e pedir um exame de sangue64 que é, nesses casos, confirmatório. Se houver alguma lesão33 visível, ele poderá colher uma amostra dela para determinar se a bactéria3 da sífilis1 está presente.

Caso a suspeita seja de sífilis1 terciária, o paciente pode precisar de uma punção lombar para que o médico possa fazer um exame para a bactéria3 da sífilis1 no fluido espinhal. Nas grávidas, a pesquisa para sífilis1 deve fazer parte da rotina do pré-natal porque a bactéria3 pode estar no corpo da mulher sem que ela saiba.

Como o médico trata a sífilis1?

A sífilis1 primária e secundária são facilmente tratáveis por meio de injeções de penicilina, que é um dos antibióticos mais usados e geralmente é eficaz no tratamento da sífilis1. Pessoas alérgicas à penicilina podem ser tratadas com um antibiótico diferente.

Nos casos de sífilis1 terciária, o paciente deve receber doses diárias de penicilina por via intravenosa para combater a bactéria3, o que geralmente exigirá uma breve internação hospitalar. No entanto, os danos que já tenham sido causados ao organismo pela sífilis1 tardia não podem ser revertidos e terão de ser abordados por outros meios.

Se o paciente diagnosticado com sífilis1 for sexualmente ativo, seu parceiro também deve ser examinado e tratado.

Quais são as complicações possíveis com a sífilis1?

As mães infectadas com sífilis1 correm o risco de abortos espontâneos e de terem filhos natimortos ou prematuros. Também existe o risco de uma mãe com sífilis1 transmitir a doença ao feto12 e a sífilis1 congênita11 pode ser fatal. Os bebês58 nascidos com sífilis1 congênita11 também podem ter deformidades, atrasos de desenvolvimento, erupções cutâneas37, febre35, fígado40 ou baço59 aumentados e feridas infecciosas. Se a sífilis1 congênita11 não for detectada, o bebê pode vir a sofrer danos em quase todos os sistemas do corpo.

Leia sobre "Herpes genital", "Doenças transmitidas pelo beijo" e "Gonorreia65".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic, da Cleveland Clinic e do CDC - Centers for Disease Control and Prevention.

ABCMED, 2021. Atualização sobre sífilis. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1395665/atualizacao-sobre-sifilis.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Sífilis: Doença transmitida pelo contato sexual, causada por uma bactéria de forma espiralada chamada Treponema pallidum. Produz diferentes sintomas de acordo com a etapa da doença. Primeiro surge uma úlcera na zona de contato com inflamação dos gânglios linfáticos regionais. Após um período a lesão inicial cura-se espontaneamente e aparecem lesões secundárias (rash cutâneo, goma sifilítica, etc.). Em suas fases tardias pode causar transtorno neurológico sério e irreversível, que felizmente após o advento do tratamento com antibióticos tem se tornado de ocorrência rara. Pode ser causa de infertilidade e abortos espontâneos repetidos.
2 Infectocontagiosa: Que causa infecção e se dissemina por contágio.
3 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
4 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
6 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
7 Flagelos: Apêndice móvel (forma de chicote) presente na superfície das células. Os flagelos dos procariotos são compostos por uma proteína chamada FLAGELINA. As bactérias podem apresentar um único flagelo (um tufo em um pólo) ou múltiplos flagelos revestindo totalmente sua superfície. Em eucariotos, os flagelos são extensões filamentosas protoplasmáticas utilizadas para propelir flagelados e espermatozóides. Os flagelos apresentam a mesma estrutura básica dos CÍLIOS, mas proporcionalmente são mais longos que a célula que os possuem e apresentam-se em muito menor número. (Tradução livre do original
8 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Germe: Organismo microscópico (vírus, bactérias, parasitas unicelulares, fungos) capaz de produzir doenças no homem e outros animais.
11 Congênita: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
12 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
13 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
14 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
15 Transplacentária: Que atravessa a placenta ou que se processa através dela, por exemplo, as infecções transplacentárias.
16 Vulvovaginite: Inflamações na região da vulva e da vagina.
17 Espiroqueta: Designação comum às bactérias do gênero Spirochaeta, da família das espiroquetáceas, formadas por bastonetes flexíveis e espiralados, encontradas tanto em água doce como salgada.
18 Corpo humano: O corpo humano é a substância física ou estrutura total e material de cada homem. Ele divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A anatomia humana estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano.
19 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
20 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
21 Linfonodos: Gânglios ou nodos linfáticos.
22 Fisiopatologia: Estudo do conjunto de alterações fisiológicas que acontecem no organismo e estão associadas a uma doença.
23 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
24 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
25 Pênis: Órgão reprodutor externo masculino. É composto por uma massa de tecido erétil encerrada em três compartimentos cilíndricos fibrosos. Dois destes compartimentos, os corpos cavernosos, ficam lado a lado ao longo da parte superior do órgão. O terceiro compartimento (na parte inferior), o corpo esponjoso, abriga a uretra.
26 Vulva: Genitália externa da mulher, compreendendo o CLITÓRIS, os lábios, o vestíbulo e suas glândulas.
27 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
28 Colo Uterino: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
29 Ânus: Segmento terminal do INTESTINO GROSSO, começando na ampola do RETO e terminando no ânus.
30 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
31 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
32 Contágio: 1. Em infectologia, é a transmissão de doença de uma pessoa a outra, por contato direto ou indireto. 2. Na história da medicina, aplica-se a qualquer doença contagiosa. 3. No sentido figurado, é a transmissão de características negativas, de vícios, etc. ou então a reprodução involuntária de reação alheia.
33 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
34 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
35 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
36 Cabeça:
37 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
38 Pápulas: Lesões firmes e elevadas, com bordas nítidas e diâmetro que varia de 1 a 5 milímetros (até 1 centímetro, segundo alguns autores).
39 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
40 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
41 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
42 Articulações:
43 Uveíte: Uveíte é uma inflamação intraocular que compromete total ou parcialmente a íris, o corpo ciliar e a coroide (o conjunto dos três forma a úvea), com envolvimento frequente do vítreo, retina e vasos sanguíneos.
44 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
45 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
46 Aortite: Inflamação da artéria aorta.
47 Aneurisma: Alargamento anormal da luz de um vaso sangüíneo. Pode ser produzida por uma alteração congênita na parede do mesmo ou por efeito de diferentes doenças (hipertensão, aterosclerose, traumatismo arterial, doença de Marfán, etc.).
48 Aorta: Principal artéria do organismo. Surge diretamente do ventrículo esquerdo e através de suas ramificações conduz o sangue a todos os órgãos do corpo.
49 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
50 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
51 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
52 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
53 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
54 Medula Espinhal:
55 Paresia: Diminuição da força em um ou mais grupos musculares. É um grau menor de paralisia.
56 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
57 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
58 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
59 Baço:
60 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
61 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
62 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
63 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
64 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
65 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
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