Intoxicação por monóxido de carbono
O que é monóxido de carbono1?
O monóxido de carbono1 (CO) é um gás incolor, inodoro e não irritante, produzido durante a queima incompleta de matéria orgânica, contendo carbono. Isso pode ocorrer em veículos a motor, aquecedores ou equipamentos de cocção que funcionam com combustíveis à base de carbono.
O que é intoxicação por monóxido de carbono1?
O envenenamento pelo CO ocorre tipicamente pela inalação do gás em níveis excessivos. Os efeitos tóxicos do CO são conhecidos desde a história antiga, mas a percepção de que a hemoglobina2 seja afetada pelo CO foi determinada em 1857.
Quais são as causas da intoxicação por monóxido de carbono1?
O envenenamento por monóxido de carbono1 pode ocorrer acidentalmente ou como uma tentativa deliberada de acabar com a vida. O monóxido de carbono1 é um produto da combustão da matéria orgânica em condições restritas de suprimento de oxigênio, o que evita a completa oxidação do dióxido de carbono (CO2).
Fontes de monóxido de carbono1 incluem fumaça de cigarro, fogões domésticos, fornos com defeito, aquecedores, fogões a lenha, exaustão de veículos de combustão interna, geradores elétricos, equipamentos movidos a gás propano como fogões portáteis e ferramentas movidas a gasolina, como sopradores de folhas, cortadores de grama3, lavadoras de alta pressão, serras de corte de concreto e soldadores.
A exposição normalmente ocorre quando o equipamento é usado em espaços fechados ou semifechados. Outras fontes de CO podem ser cano de escape bloqueado de veículos automotores, geradores e motores de propulsão em barcos, compressores de ar de mergulho defeituosos, câmaras fechadas de cavernas e minas de carvão.
Qual é o mecanismo fisiológico4 da intoxicação por monóxido de carbono1?
O monóxido de carbono1 não é tóxico para todas as formas de vida. Seus efeitos nocivos são devidos à ligação com a hemoglobina2, portanto, seu perigo para os organismos que não usam este composto é duvidoso. Ele não tem efeito, por exemplo, nas plantas fotossintetizadoras.
O monóxido de carbono1 é facilmente absorvido pelos pulmões5. Inalar o gás pode levar a lesões6 hipóxicas, a danos ao sistema nervoso7 e até à morte. Diferentes pessoas e populações podem ter diferentes níveis de tolerância a este gás. Em média, exposições a 100 ppm ou mais são perigosas para a saúde8 humana.
O monóxido de carbono1 causa principalmente efeitos adversos pela combinação com a hemoglobina2 para formar carboxihemoglobina (HbCO), que desloca o oxigênio, impedindo que o sangue9 transporte o gás para os tecidos. Além disso, a mioglobina e a citocromo oxidase mitocondrial também são afetadas.
Quais são as principais características clínicas da intoxicação por monóxido de carbono1?
Os sintomas10 incluem cefaleia11, tontura12, fraqueza, vômitos13, dor no peito14 e confusão mental. Se as exposições forem grandes, podem resultar em perda de consciência, arritmias15, convulsões e morte. A clássica "pele16 vermelho-cereja" raramente ocorre.
O nível de tolerância ao monóxido de carbono1 para qualquer pessoa é alterado por diversos fatores, incluindo nível de atividade, taxa de ventilação17, doença cerebral ou cardiovascular pré-existente, débito cardíaco18, anemia19, doença falciforme e outros distúrbios hematológicos, pressão barométrica e taxa metabólica.
As principais manifestações do envenenamento por monóxido de carbono1 se desenvolvem nos sistemas de órgãos mais dependentes do uso de oxigênio, o sistema nervoso central20 e o coração21. Os sintomas10 iniciais do envenenamento agudo22 por monóxido de carbono1 incluem dor de cabeça23, náusea24, mal-estar e fadiga25. Esses sintomas10 são inespecíficos e costumam ser confundidos com gripe26 ou outras doenças, como intoxicação alimentar ou gastroenterite27. A cefaleia11 é o sintoma28 mais comum de intoxicação aguda por monóxido de carbono1.
O aumento da exposição produz anormalidades cardíacas, incluindo ritmo cardíaco acelerado, pressão arterial29 baixa e arritmia30 cardíaca. Os sintomas10 do sistema nervoso central20 incluem delírio31, alucinações32, tontura12, marcha instável, confusão mental, convulsões, depressão do sistema nervoso central20, inconsciência33 e morte.
Os sintomas10 menos comuns da intoxicação aguda por monóxido de carbono1 incluem isquemia34 miocárdica, fibrilação atrial, pneumonia35, edema pulmonar36, níveis elevados de açúcar37 no sangue9, acidose38 lática39, necrose40 muscular, insuficiência renal41 aguda, lesões6 cutâneas42 e problemas visuais e auditivos.
Há também manifestações neurológicas tardias severas: dificuldade com funções intelectuais superiores, perda de memória de curto prazo, demência43, amnésia44, psicose45, irritabilidade, uma estranha excitação, distúrbios da fala, síndromes semelhantes à doença de Parkinson46, cegueira cortical e humor deprimido. A depressão pode ocorrer mesmo naqueles que não têm depressões pré-existentes.
A exposição crônica a níveis relativamente baixos de monóxido de carbono1 pode causar dores de cabeça23 persistentes, tontura12, depressão, confusão, perda de memória, náusea24, distúrbios auditivos e vômitos13. Normalmente, após a remoção da exposição, os sintomas10 se resolvem. Exposições de longo prazo ao monóxido de carbono1 apresentam o maior risco para pessoas com doença coronariana47 e para mulheres grávidas.
Saiba mais sobre "Demência43", "Psicoses", "Convulsões" e "Amnésias48".
Como o médico diagnostica a intoxicação por monóxido de carbono1?
O diagnóstico49 baseia-se em um nível de HbCO de mais de 3% entre os não fumantes e de mais de 10% entre os fumantes.
Como o médico trata a intoxicação por monóxido de carbono1?
O tratamento do envenenamento consiste em fornecer oxigênio a 100%, juntamente com cuidados de suporte. Isso deve ser realizado até que os sintomas10 não estejam mais presentes e o nível de HbCO seja inferior a 10% ou 3%. A administração hiperbárica50 de oxigênio é controversa.
Como evolui a intoxicação por monóxido de carbono1?
A exposição ao monóxido de carbono1 pode levar a um tempo de vida significativamente menor devido a danos ao coração21. O risco de morte entre os afetados é entre 1 e 30%.
Como prevenir a intoxicação por monóxido de carbono1?
Esforços para evitar envenenamento por CO incluem detectores de monóxido de carbono1, ventilação17 adequada de aparelhos a gás, manutenção de chaminés limpas e de sistemas de exaustão dos veículos em bom estado de conservação.
Quais são as complicações possíveis da intoxicação por monóxido de carbono1?
As complicações a longo prazo podem incluir cansaço, problemas de memória e problemas de movimento. Nas pessoas expostas ao fumo, a toxicidade51 por cianeto também deve ser considerada.
Veja também sobre "Oxigenioterapia", "Tonturas52", "Asfixia53" e "Arritmias15 cardíacas".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.