Trombose hemorroidária - tratamento conservador ou cirúrgico?
O que é trombose1 hemorroidária?
A trombose1 hemorroidária é um evento que ocorre predominantemente nas hemorroidas2 externas, caracterizada pela formação aguda de trombos3 (coágulos) nos vasos hemorroidários e que implica no desenvolvimento de nódulos de coloração arroxeada na margem anal, com edema4 associado. As hemorroidas2 trombosadas não são consideradas perigosas, mas podem ser bastante dolorosas.
Quais são as causas da trombose1 hemorroidária?
As causas das tromboses5 hemorroidárias nem sempre são identificáveis. Alguns possíveis fatores de risco ou fatores disparadores para hemorroidas2 externas trombosadas incluem um recente surto de constipação6 intestinal, parto vaginal traumático, esforço físico e ficar sentado por tempo muito prolongado.
Qual é o mecanismo fisiológico7 da trombose1 hemorroidária?
Hemorroidas2 externas se desenvolvem como resultado da distensão e inchaço8 do sistema venoso9 hemorroidário externo. O ingurgitamento de um vaso hemorroidário com inchaço8 agudo10 pode permitir que o sangue11 se acumule e, subsequentemente, coagule; isso leva à hemorroida externa aguda trombosada e uma descoloração azul-arroxeada, muitas vezes acompanhada de dor incapacitante, grave.
Quais são as principais características clínicas da trombose1 hemorroidária?
Hemorroidas2 externas trombosadas são um problema comum, mas continuam sendo um tópico12 pouco estudado. A maioria das hemorroidas2 é indolor, mas a trombose1 hemorroidária externa gera uma intensa dor aguda e inchaço8 na área do ânus13 e, em alguns casos, pode haver algum sangramento. Esses sintomas14 se intensificam se a pessoa ficar de pé ou sentada ou se estiver defecando.
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Como o médico diagnostica a trombose1 hemorroidária?
O diagnóstico16 da trombose1 hemorroidária é feito a partir dos sintomas14 relatados pelo paciente e da observação direta das lesões17. Uma retoscopia (endoscopia18 do reto19) pode ser feita para avaliar a existência e o estado das varizes20 internas ou de outras eventuais patologias do reto19.
Como o médico trata a trombose1 hemorroidária?
A maioria das hemorroidas2 trombosadas se resolverá por conta própria, embora possa levar de duas a três semanas para desaparecer completamente. Embora o tratamento conservador não cirúrgico (amaciante de fezes, aumento de fibras alimentares, aumento da ingestão de líquidos, banhos quentes, analgesia) resulte em melhoria dos sintomas14 para a maioria dos pacientes, a excisão cirúrgica da hemorroida externa trombosada muitas vezes torna-se necessária para uma completa resolução.
Medidas de autocuidado para uma hemorroida trombosada incluem tomar banhos de assento, cuidar para manter as fezes macias e evitar esforço durante os movimentos intestinais. Como existem algumas preparações tópicas que o médico pode prescrever e que podem ser úteis, a cirurgia é uma opção radical reservada somente para casos em que há muito sangramento e a dor é bastante severa.
Como se processa a cirurgia para a trombose1 hemorroidária?
A incisão21 simples sobre um trombo22 determinado, após a administração da anestesia23 local, pode ser realizada para remover esse coágulo24 único, mas esse procedimento tem sido associado a uma taxa significativa de novas tromboses5. Muitos especialistas recomendam a excisão (remoção) de todas as tromboses5 e dos vasos hemorroidários externos. Este procedimento é mais extenso do que a simples incisão21 de um coágulo24, mas produz melhores resultados.
O médico que executará a cirurgia deve ter treinamento e experiência em cirurgia geral e cirurgia da pele25; geralmente é um coloproctologista. A hemorroidectomia (remoção cirúrgica da hemorroida) é realizada através de uma incisão21 elíptica sobre o local da trombose1, com remoção de todo o plexo hemorroidário doente em uma única peça. Um cuidado deve ser tomado para evitar o corte no esfíncter26 muscular abaixo dos vasos hemorroidários.
A infecção27 após o fechamento da sutura28 é rara, graças à rica rede vascular29 na região anal. Os amaciantes de fezes devem ser prescritos no pós-operatório para ajudar a prevenir a ruptura na linha de sutura28. Embora o local possa ser deixado aberto, muitos médicos preferem colocar suturas30 subcutâneas para limitar a dor pós-operatória e o sangramento. A sutura28 nesta área, historicamente, tem sido evitada por causa do medo de complicações, mas a rica rede vascular29 nos tecidos anais proporciona uma cura rápida.
A maioria dos médicos acredita que o plexo trombosado dos vasos não precisa ser enviado para avaliação histológica31. Contudo, se tumores sólidos ou características anormais no tecido32 forem descobertos no momento da cirurgia, a análise histológica31 do tecido32 pode ser justificada.
O paciente deve voltar ao médico para reavaliação, seis semanas após o procedimento, e se forem observadas hemorroidas2 internas extensas elas devem ser tratadas com coagulação33 infravermelha ou outra modalidade destrutiva.
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As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.