Atalho: 6XGKUL4
Gostou do artigo? Compartilhe!

Metrorragia ou sangramento uterino: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é metrorragia1?

Metrorragia1 (hemorragia2 uterina, sangramento uterino) é o sangramento do útero3, fora da época apropriada do ciclo menstrual. Ele se exterioriza como eliminação de sangue4 pela vagina5 e por isso é popularmente chamado de sangramento vaginal. A presença de metrorragia1 em mulheres acima dos 40 anos deve sempre levantar a suspeita de carcinoma6 de endométrio7, demandando o exame sob microscópio de parte do tecido8 do endométrio7. Contudo, na maioria dos casos, a metrorragia1 se deve às demais causas, não malignas.

Quais são as causas da metrorragia1?

A metrorragia1 pode ocorrer em qualquer idade, mas em cada fase da vida ela tem causas diferentes. Na infância, a hemorragia vaginal9 é muito rara e ocorre principalmente por traumas ou introdução de objetos na vagina5. Na adolescência, podem ocorrer menstruações excessivas ou ciclos menstruais irregulares. Na fase reprodutiva, são comuns as hemorragias10 da gravidez11, os pólipos12, os miomas uterinos e as infecções13. Após a menopausa14, os tumores malignos são mais frequentes como causa de sangramento. Assim, as causas mais comuns da metrorragia1 podem indicar situações simples, facilmente reversíveis e sanáveis, ou outras graves que implicam em maiores dificuldades. No geral, a metrorragia1 pode se dever a situações disfuncionais15 ou a patologias como polipose, miomas, gravidez11 extrauterina ou carcinoma6 do endométrio7. Por isso, as metrorragias se classificam em funcionais e orgânicas, confome sejam suas causas. O sangramento uterino também pode ser causado pelo dispositivo intrauterino (DIU).

Metrorragia

Quais são os principais sinais16 e sintomas17 da metrorragia1?

O sintoma18 capital da metrorragia1 é a perda de sangue4 pela vagina5, fora do período menstrual, de características diferentes daquele sangramento fisiológico19, tais como duração, quantidade e aspecto. Conforme a causa, outros sintomas17 podem estar presentes, como dor no baixo abdômen, febre20, crescimento do abdômen ou sinais16 de disfunções hormonais variadas. Se o sangramento for intenso e duradouro, os sinais16 clínicos e laboratoriais de anemia21 também aparecerão.

Como o médico diagnostica a metrorragia1?

O diagnóstico22 de metrorragia1 baseia-se nas queixas e no exame físico da paciente, mas alguns exames complementares podem ser necessários para definir as causas dela, como o exame de Papanicolau23, a colposcopia24 e a biópsia25 endometrial. Exames de imagem como ultrassonografia26 ou ressonância magnética27 podem ser necessários em alguns casos. Outros exames laboratoriais, como o hemograma, por exemplo, podem ser úteis em casos de infecções13 ou anemias e podem ajudar na avaliação do estado geral da paciente.

Como o médico trata a metrorragia1?

O tratamento das metrorragias depende das causas do problema. Conforme o caso, podem ser prescritos hormônios, antibióticos ou a remoção do DIU. Em alguns casos, como o de tumores, por exemplo, pode ser necessária a cirurgia e até mesmo a retirada do útero3. Atualmente existe uma nova técnica, de ablação28 de endométrio7 por histeroscopia29, que tem evitado muitas retiradas de úteros desnecessárias.

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic, da Mayo Clinic e do International Federation of Gynecologiy and Obstetrics.

ABCMED, 2013. Metrorragia ou sangramento uterino: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/347849/metrorragia-ou-sangramento-uterino-causas-sintomas-diagnostico-e-tratamento.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Metrorragia: Hemorragia uterina produzida fora do período menstrual. Pode ser sinal de menopausa. Em certas ocasiões é produzida pela presença de tumor uterino ou nos ovários.
2 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
3 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
6 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
7 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
8 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
9 Hemorragia vaginal: Hemorragia vaginal anormal é a perda de sangue por via vaginal fora do período menstrual ou que surge em grandes quantidades (durante mais de sete dias). É preciso considerar a situação menstrual da mulher: se ela tem menstruações normais, irregulares, com falhas, se é muito jovem, se está perto da menopausa ou se já está na menopausa.
10 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
11 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
12 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
13 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
14 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
15 Disfuncionais: 1. Funcionamento anormal ou prejudicado. 2. Em patologia, distúrbio da função de um órgão.
16 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
17 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
18 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
19 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
20 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
21 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
22 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
23 Papanicolau: Método de coloração para amostras de tecido, particularmente difundido por sua utilização na detecção precoce do câncer de colo uterino.
24 Colposcopia: Exame ginecológico auxiliar na visualização de lesões do colo uterino e da região genital feminina.
25 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
26 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
27 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
28 Ablação: Extirpação de qualquer órgão do corpo.
29 Histeroscopia: Inspeção endoscópica do interior do útero; uteroscopia.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.

Comentários

28/01/2016 - Comentário feito por SUELY
Bastante relevante este artigo nas informa&cced...
Bastante relevante este artigo nas informações basicas.
Podendo ser usado como principios.
Gostei muito!!!

08/02/2014 - Comentário feito por Tatiane
Re: Metrorragia ou sangramento uterino: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
Boa noite! Gostaria de saber se sagramento a 17 dias pode ser indicio de metrorragia?

  • Entrar
  • Receber conteúdos