Síndrome da dificuldade respiratória dos recém-nascidos ou Doença da Membrana Hialina: como ela é?
O que é a síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
O bebê deve começar a respirar assim que nasce. Os bebês2 muito prematuros podem ter dificuldades de começar a respirar e os recém-nascidos um pouco maiores podem começar a respirar, mas como seus pulmões3 tendem a colapsar, também podem registrar dificuldades mais tarde. A Síndrome1 da Dificuldade Respiratória (SDR) dos recém-nascidos (também chamada de Doença da Membrana Hialina) geralmente ocorre em bebês2 nascidos prematuramente e é caracterizada por uma dificuldade respiratória progressiva, sendo considerada uma emergência4 médica.
Quais são as causas da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
A Síndrome1 da Dificuldade Respiratória é devido à formação de uma membrana nos alvéolos pulmonares5 do recém-nascido prematuro (membrana hialina). Essa membrana funciona como uma barreira mecânica que dificulta ou impede as trocas normais de oxigênio e gás carbônico, podendo levar o bebê a um grau extremo de asfixia6 e à morte. A formação dessa membrana se deve à deficiência de uma proteína chamada surfactina, que reveste os alvéolos pulmonares5. É difícil saber se os bebês2 já nascem com essa membrana ou se a formam logo após o nascimento, pois eles parecem normais ao nascer e só depois de algumas horas é que começam a ter dificuldade em respirar. Ocorre com maior frequência em crianças prematuras, naquelas que nasceram de parto cesariano e em filhos de mães diabéticas.
Quais são os principais sinais7 e sintomas8 da síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
Os bebês2 acometidos pela Síndrome1 da Dificuldade Respiratória já exibem certa dificuldade respiratória desde o início ou logo após nascerem (6 a 24 horas), a qual vai aumentando progressivamente, podendo ser fatal se eles não obtiverem tratamento precoce e imediato. Numa fase inicial pode haver grunhidos ou choro lamuriento, retrações esternais e intercostais9, batimento de asa do nariz10, taquipneia11 (aceleração do ritmo respiratório), hipotermia12, cianose13, diminuição do murmúrio pulmonar14, hipotensão15, edema16 das mãos17 e pés, peristalse18 inaudível e diminuição do débito urinário19. Mais tarde se somam sinais7 e sintomas8 que mostram maior gravidade, como diminuição do tônus muscular20, períodos curtos de apneia21, bradicardia22 ou outros ainda mais graves.
Como o médico diagnostica a síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
O diagnóstico23 precoce é de fundamental importância, a fim de que o tratamento possa ser instituído imediatamente e aumente os índices de sobrevivência24. O diagnóstico23 da Síndrome1 da Dificuldade Respiratória pode ser feito pelo quadro clínico do bebê e por meio de exames laboratoriais, através de radiografias ou outros exames e avaliações da função pulmonar.
Como o médico trata a síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
O tratamento da Síndrome1 da Dificuldade Respiratória deve ser instituído o mais rapidamente possível. A assistência ventilatória em UTI neonatal deve perdurar por vários dias ou semanas. Além disso, devem ser observados certos cuidados gerais como manutenção da temperatura, oferta adequada de líquidos, cuidados com a prevenção de infecções25, ventilação26 mecânica, manutenção das vias aéreas desobstruídas, avaliação frequente das características da respiração, cuidados com a higiene dos pacientes. Se o recém-nascido tiver de ser transferido para uma UTI, deve sê-lo em uma ambulância que tenha equipamento para o uso na eventualidade de parada cardíaca ou respiratória durante o trajeto. O bebê prematuro em causa deve ser continuadamente observado durante toda a evolução da síndrome1 e a terapia, tanto respiratória como de suporte, deve ser reajustada a cada momento.
Como evolui a síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
Dependendo da gravidade de cada caso os bebês2 podem se recuperar inteiramente ou ficarem com sequelas27 respiratórias permanentes devendo, daí em diante, serem acompanhados por um médico especializado.
Nos bebês2 com Síndrome1 da Dificuldade Respiratória é possível que ocorram complicações, tais como pneumotórax28, pneumonia29 (principalmente por germes gram-negativos), infecções25 respiratórias crônicas, displasia broncopulmonar30, estenose31 traqueal, hemorragia32 cerebral e outras.
As sequelas27 podem vir a ser: asma33, insuficiência respiratória34, alterações cardíacas e comprometimentos neurológicos.
Como evitar a síndrome1 da dificuldade respiratória dos recém-nascidos?
Prevenindo os partos prematuros e fazendo o controle da glicemia35 em casos de diabetes36 durante a gestação. Além do seguimento médico no período pré-natal.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.