Dentes do siso: qual é a questão?
O que são os dentes do siso?
Os dentes do siso, também chamados dentes serotinos ou terceiros molares, são os molares inferiores e superiores mais posteriores de cada lado dos maxilares1. São também os últimos dentes a nascer, entre os 16 e 20 anos de idade (podendo, em casos raros, surgir muito mais tarde, até depois dos 30 anos), variando de paciente para paciente2. Como são os últimos dentes permanentes a aparecer, geralmente não encontram espaço suficiente na boca3 para acomodá-los. Por isso, eles podem permanecer total ou parcialmente inclusos. Como os dentes do siso surgem mais ou menos na passagem entre a adolescência e a idade adulta, costuma-se popularmente chamá-los “dentes do juízo”.
Os dentes do siso, como outras estruturas do corpo humano4, são resíduos evolucionários. Em épocas pré-históricas, os humanos tinham mandíbulas maiores e mais fortes e eles ajudavam na mastigação de alimentos duros, como carne crua e plantas. Então, os terceiros molares eram necessários e tinham bastante espaço para emergir. Com a evolução, o tamanho da mandíbula5 do homem moderno diminuiu, em virtude da não necessidade de mastigar alimentos tão resistentes, e uma melhor saúde6 dental tornou os dentes do siso menos necessários e cada vez menos provável que emergissem.
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Quais são os problemas com os dentes do siso?
Os primeiros sinais8 de que os dentes do siso estão para emergir são uma dor latejante persistente, além de vermelhidão local. A mera tentativa de emergência9 dos dentes do siso causa muitos problemas, desde o deslocamento dos demais dentes de seu alinhamento normal, até inflamação10, dores, cáries11 e cistos. Além disso, os dentes do siso podem causar inchaço12 facial, inchaço12 na gengiva, mau odor, irritação local, dores de cabeça13 ou enxaquecas14, dores nos maxilares1 e, por vezes, provocar também dor de ouvido. Ademais, estes dentes também podem ser responsáveis por fortes dores faciais e/ou de cabeça13 por comprimir feixes nervosos, dependendo da sua posição dentro dos ossos maxilares1.
Qual é a solução para o problema com os dentes do siso?
Os dentistas aconselham a extração dos dentes do siso, para evitar as complicações que podem decorrer deles e porque eles não são mais necessários para a mastigação normal. No entanto, quando os dentes do siso não comprometem a arcada dentária15, nem causam dor ou desconforto no paciente, pode não ser necessária a extração. Algumas pessoas até mesmo nascem sem a programação de dentes do siso.
Normalmente, não existe nenhuma contraindicação direta para a remoção dos quatro dentes em um único procedimento cirúrgico, mas é mais comum, por uma questão de conforto, que a cirurgia seja feita em duas etapas, removendo os dois dentes de um mesmo lado de cada vez.
Como é feita a extração dos dentes do siso?
Se os dentes do siso já “nasceram”, a extração deles pouco diferirá de uma extração comum. Antes da extração começar, o dentista anestesia16 a parte da boca3 que será afetada pela remoção do dente17 siso. Depois disso, com instrumentos apropriados, ele irá afastar este dente17 dos outros e puxá-lo, extraindo-o.
Caso ele ainda não seja visível externamente, é feito um corte na gengiva onde está o dente17, para possibilitar sua retirada. Depois de retirado, o local é fechado com alguns pontos, para facilitar a cicatrização.
Após a retirada do dente17 do siso, a pessoa pode tomar alguns cuidados para acelerar a cicatrização e se recuperar mais rapidamente. Além de repousar, fazer compressas de gelo e evitar alimentos quentes, o paciente deve comer alimentos pouco sólidos que sejam ricos em proteínas18, como ovo19 cozido e frango desfiado. Isso porque eles contêm nutrientes que auxiliam o corpo a promover uma cicatrização mais rápida da gengiva. É importante fazer uma pausa de pelo menos dois dias nos hábitos de fumar ou consumir bebidas alcoólicas.
Quais são as complicações possíveis com a extração dos dentes do siso?
Algumas complicações simples e passageiras podem ocorrer no pós-operatório da cirurgia para remover os dentes do siso, dependendo da técnica utilizada, como dor, inchaço12 e sensibilidade excessiva.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Biblioteca Virtual em Saúde e do Hospital Infantil Sabará.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.