Síndrome de hiperviscosidade do sangue
O que é a síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
A síndrome1 de hiperviscosidade é uma condição na qual o sangue2 se torna “espessado” e não é capaz de fluir livremente através dos vasos sanguíneos3. Nesta síndrome1, os bloqueios arteriais podem ocorrer devido a muitos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou proteínas4 na corrente sanguínea. Também pode ocorrer com qualquer glóbulo vermelho de formato anormal, como na anemia falciforme5, por exemplo.
Qual é a causa da síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
Essa síndrome1 é diagnosticada em bebês6 quando o nível total de glóbulos vermelhos está acima de 65% do sangue2 total, o que ocorre por: pinçamento do cordão umbilical7; doenças hereditárias e condições genéticas, situações nas quais não há oxigênio suficiente para ser disponibilizado para os tecidos do corpo; condição na qual os gêmeos compartilham de forma desigual o sangue2 entre eles no útero8.
A síndrome1 de hiperviscosidade também pode ocorrer em adultos e ser causada por condições que geram um aumento da produção de células sanguíneas9 ou um grupo de distúrbios sanguíneos que causam números anormais de certas células sanguíneas9, aglomerando células10 saudáveis na medula óssea11, muitas vezes levando à anemia12 grave. Em adultos, a síndrome1 de hiperviscosidade causa sintomas13 quando a viscosidade14 do sangue2 está entre 6 e 7, medida em relação à solução salina. Os valores normais estão entre 1,6 e 1,9.
Leia sobre "Anemia falciforme5", "Linfoma15 não Hodgkin" e "Íngua".
Qual é o substrato fisiológico16 da síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
A viscosidade14 do sangue2 é definida como a medida da resistência interna desse fluido ao seguir pelo interior dos vasos sanguíneos3, mas pode ser simplesmente considerada como a "espessura" do fluido. Se tem baixa viscosidade14, o fluido viaja mais rapidamente através dos vasos; se é mais espesso, viaja mais lentamente. Na hiperviscosidade, portanto, o fluxo sanguíneo é reduzido.
Quais são as características clínicas da síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
A hiperviscosidade pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos. Em crianças, pode afetar seu crescimento, ao reduzir o fluxo sanguíneo para órgãos vitais. Nos adultos, pode ocorrer em doenças autoimunes17, como artrite reumatoide18 ou lúpus19 sistêmico20, e em câncer21 no sangue2, como linfomas e leucemias.
A típica síndrome1 de hiperviscosidade em adultos se apresenta com a tríade:
- Déficits neurológicos
- Alterações visuais
- Sangramentos das mucosas22
E pode se constituir numa emergência23 oncológica.
Os sintomas13 associados decorrem de complicações que ocorrem quando os órgãos vitais não recebem oxigênio suficiente. Incluem: dores de cabeça24, convulsões, tom azulado na pele25 (cianose26), distúrbios visuais, vertigens27, dores no peito28, falta de ar, coma29 e dificuldade para caminhar. Outros sintomas13 podem ser sangramentos anormais.
Como o médico diagnostica a síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
Diante da suspeita de síndrome1 de hiperviscosidade, o médico solicitará um exame de sangue2 para determinar a quantidade de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea, mas outros testes podem ser necessários, incluindo um hemograma completo, teste de bilirrubina30, exame de urina31, teste de açúcar32 no sangue2, teste de creatinina33, teste de gases no sangue2, teste de função hepática34 e teste de química do sangue2. Além disso, o médico poderá constatar se o paciente está exibindo icterícia35, insuficiência renal36 ou problemas respiratórios.
Como o médico trata a síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
O objetivo do tratamento deve ser diminuir a viscosidade14 do sangue2 para um nível necessário para manter o indivíduo sem sintomas13. Se o médico suspeitar que o bebê tenha síndrome1 de hiperviscosidade, ele talvez não precise de tratamento imediato, embora deva será monitorado quanto a possíveis complicações. No entanto, se a condição for grave, o médico poderá recomendar uma troca parcial de sangue2, durante a qual uma pequena quantidade de sangue2 será removida e, ao mesmo tempo, a quantidade retirada será substituída por uma solução salina. Isso tornará o sangue2 menos espesso, sem alterar o volume sanguíneo. O médico também poderá recomendar mamadas mais frequentes para melhorar a hidratação ou, se a criança não responder favoravelmente, administrar líquidos por via intravenosa.
Nos adultos, em que a síndrome1 de hiperviscosidade é frequentemente causada por uma condição subjacente, essa condição precisa ser tratada adequadamente. Em situações graves, a plasmaferese pode ser usada.
Como evolui a síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
Se a síndrome1 de hiperviscosidade do bebê for leve e sem sintomas13, ele pode não precisar de tratamento imediato e haverá uma boa chance de recuperação total, principalmente se a causa for temporária. Se a causa estiver relacionada a uma condição genética, poderá ser necessário tratamento a longo prazo. Alguns poucos pacientes diagnosticados com essa síndrome1 apresentam problemas de desenvolvimento ou neurológicos, mais tarde. Isso é o resultado de uma falta de fluxo sanguíneo e oxigênio para o cérebro37 e outros órgãos vitais.
Quais são as complicações da síndrome1 da hiperviscosidade do sangue2?
Se a condição for mais grave, podem ocorrer complicações, que incluem derrame38 cerebral, falência renal39, controle motor diminuído, perda de movimentos, morte do tecido40 intestinal e convulsões recorrentes.
Veja também sobre "Artrite reumatoide18", "Lúpus19 eritematoso41", "Níveis alterados de ferritina" e "Doenças autoimmunes".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Science Direct, da American Society of Hematology e do JAMA Network.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.