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Febre paratifoide: saiba mais sobre ela

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O que é a febre1 paratifoide?

A febre1 paratifoide (ou paratifo) é uma infecção2 intestinal bacteriana muito parecida com a febre tifoide3, mas de menor gravidade e mais rara que ela.

Quais são as causas da febre1 paratifoide?

A febre1 paratifoide é causada pela ingestão de alimentos contaminados com a bactéria4 Salmonella paratyphi (tipos “A”, “B” ou “C”), especialmente ovos, carnes e ostras. O período de incubação5 varia segundo o tipo da bactéria4 infectante, entre um e dez dias, quando as bactérias depois de entrarem no corpo das pessoas começam a se multiplicar, a se espalhar nas paredes intestinais e seguem para a circulação6 sanguínea, causando os sintomas7. No Brasil, carnes e ovos contaminados são os principais transmissores da Salmonella paratyphi, mas ela pode também ser transmitida por contato direto das mãos8 de pessoas sadias com fezes ou secreções de pessoas contaminadas, as quais posteriormente levam a mão9 à boca10.

Quais são os principais sinais11 e sintomas7 da febre1 paratifoide?

Tal como na febre tifoide3, alguns casos podem se conservar assintomáticos ou apresentar apenas sintomas7 leves, mas mesmo assim serem transmissores da doença. O período de incubação5 está entre um a dez dias, após o qual podem acontecer: febre1 alta, diarreia12 intensa, mal-estar, tosse seca, dor de cabeça13 e dor de barriga.

Como o médico diagnostica a febre1 paratifoide?

O diagnóstico14 da febre1 paratifoide pode ser feito através da cultura de sangue15 e/ou de fezes, que podem revelar a presença da Salmonella paratyphi.

Como o médico trata a febre1 paratifoide?

O tratamento da febre1 paratifoide, tal como o da febre tifoide3, deve ser feito com antibióticos. Os pacientes com vômitos16 e diarreia12 devem receber soro17 oral ou venoso para se reidratarem.

Como evolui a febre1 paratifoide?

A incubação5 da febre1 paratifoide tipo “A” varia de quatro a dez dias, enquanto a febre1 paratifoide tipo “B” manifesta-se em 24 horas ou menos.

A bactéria4 causadora da febre1 paratifoide resiste ao resfriamento e ao ressecamento, podendo sobreviver por períodos prolongados em esgotos, água, alimento e gelo e, se ingerida, pode causar a doença.

Na infância e velhice, assim como durante a gestação, os doentes ficam mais vulneráveis às complicações.

Como prevenir a febre1 paratifoide?

As medidas preventivas da febre1 paratifoide, bem como o tratamento específico, são as mesmas da febre tifoide3:

  • Melhoria das condições sanitárias.
  • Existem vacinas para evitar a febre1 paratifoide. A pessoa que for viajar para regiões onde haja riscos de contrair a Salmonella paratyphi deve procurar vacinar-se.
  • A água e o esgoto devem ser tratados e o lixo adequadamente descartado.
  • Lave bem as mãos8 e cozinhe bem os alimentos. Evite consumir carnes e ovos crus ou semi-crus.
  • Fique longe dos dejetos humanos como fossas, bocas de lobo, redes de esgotos, rios poluídos e praias muito frequentadas.
  • Beber somente água fervida ou filtrada.
  • Realizar exames e vacinação sempre que necessário.
ABCMED, 2014. Febre paratifoide: saiba mais sobre ela. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/528739/febre-paratifoide-saiba-mais-sobre-ela.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
2 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Febre tifóide: Infecção produzida por uma bactéria chamada Salmonella tiphy, adquirida através de alimentos contaminados e caracterizada por febre persistente, aumento do tamanho dos tecidos linfáticos (baço, gânglios linfáticos, etc.) e erupções cutâneas. Sem tratamento adequado pode ser muito grave.
4 Bactéria: Organismo unicelular, capaz de auto-reproduzir-se. Existem diferentes tipos de bactérias, classificadas segundo suas características de crescimento (aeróbicas ou anaeróbicas, etc.), sua capacidade de absorver corantes especiais (Gram positivas, Gram negativas), segundo sua forma (bacilos, cocos, espiroquetas, etc.). Algumas produzem infecções no ser humano, que podem ser bastante graves.
5 Incubação: 1. Ato ou processo de chocar ovos, natural ou artificialmente. 2. Processo de laboratório, por meio do qual se cultivam microrganismos com o fim de estudar ou facilitar o seu desenvolvimento. 3. Em infectologia, é o período que vai da penetração do agente infeccioso no organismo até o aparecimento dos primeiros sinais da doença.
6 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
9 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
10 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
13 Cabeça:
14 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
15 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
16 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
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