Rompimento do tendão de Aquiles
O que é o tendão de Aquiles1?
O tendão de Aquiles1 é uma formação fibrosa localizada na parte posterior da perna, acima do calcanhar2, que tem como função conectar os músculos3 da panturrilha4 ao calcâneo5 (osso do calcanhar6), sendo uma das partes do corpo mais exigidas durante uma corrida, por exemplo, e é, por consequência, uma das mais sujeitas a lesões7. Embora o tendão de Aquiles1 seja o tendão8 mais resistente do corpo humano9, é comum que possa haver uma tendinopatia, que pode ter como consequência a ruptura, caso não tratada adequadamente.
Tendão de Aquiles1 é o nome dado ao tendão calcâneo10, porque segundo a mitologia grega, o herói Aquiles tinha um único ponto vulnerável no seu corpo, o tendão calcâneo10, por isso denominado tendão de Aquiles1.
O que é o rompimento do tendão de Aquiles1?
Rupturas parciais ou totais do tendão de Aquiles1 são relativamente comuns. A ruptura no tendão de Aquiles1 acontece quando o tendão8 que prende o músculo da panturrilha4 ao osso do calcanhar6 se rompe. Essa ruptura ocorre quando o tendão8 se torna muito esticado, se um movimento empurra os dedos para cima (no sentido da canela) com muita força ou quando a pessoa corre ou pula forçadamente.
Leia sobre "Tendinites", "Esporão do calcâneo5", "Fasceíte plantar" e "Canelite".
Quais são as causas do rompimento do tendão de Aquiles1?
A ruptura do tendão de Aquiles1 pode ser causada por um esforço excessivo exercido sobre o tendão8 inflamado, por um tendão8 enfraquecido por uma lesão11 anterior, por uso de certas medicações ou por acidente no qual o tendão8 é rompido.
As rupturas de tendão de Aquiles1 são mais frequentes em atletas e indivíduos sedentários de meia-idade. Essas lesões7 podem ocorrer quando as pessoas não fazem aquecimento nem se alongam o suficiente antes do início da prática de atividades físicas intensas. A lesão11 quase sempre ocorre durante corridas ou pulos.
Em casos raros, o tendão de Aquiles1 sofre ruptura espontânea, sem causa aparente, em pessoas que tomam certos medicamentos, como o ciprofloxacino ou corticosteroides.
Quais são as principais características clínicas do rompimento do tendão de Aquiles1?
Normalmente, a panturrilha4 fica muito inchada, dolorida e com hematomas12, e caminhar torna-se difícil ou impossível, principalmente se a ruptura for total. Talvez a pessoa ouça um clique ou um ruído seco quando o tendão8 se rompe. Os seguintes sintomas13, embora não específicos, fazem suspeitar de ruptura do tendão de Aquiles1: além do ruído seco quando a lesão11 ocorre, dor súbita e extrema na parte de trás do calcanhar2, inflamação14 perto do calcanhar2, incapacidade de apoiar o metatarso15 do pé e incapacidade de andar com a perna afetada.
Como o médico diagnostica o rompimento do tendão de Aquiles1?
O diagnóstico16 da ruptura do tendão de Aquiles1 se baseia nos resultados do exame físico geral e de manobras específicas. Os exames complementares podem incluir: ressonância magnética17, para ver os tendões18 e a articulação19, ultrassonografia20 que, contudo, não consegue mostrar a diferença entre uma ruptura total ou parcial e radiografia, capaz de avaliar os ossos.
Como o médico trata o rompimento do tendão de Aquiles1?
A própria pessoa pode providenciar os primeiros socorros:
- Descansar seu pé imediatamente.
- Colocar gelo na área.
- Enrolar o pé com uma bandagem de compressão.
- Elevar o pé para limitar a dor e a inflamação14.
O tratamento posterior consiste em encaminhamento a um cirurgião ortopedista, o qual provavelmente aconselhará uma tala21 de tornozelo22 ou ainda, para rupturas completas, uma cirurgia. De início, o paciente deve usar uma tala21 curta que sustente o pé de modo que os dedos fiquem apontados para baixo (flexão plantar). Depois, o ortopedista decidirá se é melhor imobilizar com gesso ou fazer cirurgia.
Pessoas com ruptura do tendão de Aquiles1 devem usar muletas para não exercer peso sobre o tornozelo22 lesionado. Medicações analgésicas devem ser usadas em caso de necessidade.
Veja também sobre "Anti-inflamatórios não esteroides (AINES)", "Corticoides", "Dor no joelho" e "Dor miofascial".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da Mayo Clinic, do Massachusetts General Hospital e da American Academy of Orthopaedic Surgeons.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.