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Hamartoma - causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução

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O que é hamartoma1?

Um hamartoma1 é um tumor2 não-canceroso (benigno) constituído pela mistura anormal de tecidos e células3 normais da área em que cresce. Os hamartomas4 podem crescer em qualquer parte do corpo, incluindo pescoço5, rosto e cabeça6. Em alguns casos, eles crescem internamente em locais como coração7, cérebro8 e pulmões9 e são, por isso, de mais difícil detecção.

Quais são as causas do hamartoma1?

A causa exata do crescimento do hamartoma1 é desconhecida. Conquanto alguns casos sejam hereditários, ninguém sabe ao certo o que causa a maioria desses tumores. Esses crescimentos benignos estão associados a outras condições, incluindo: síndrome10 de Pallister-Hall, um distúrbio genético que afeta o desenvolvimento corporal e pode causar dedos extras nos pés; síndrome10 de Cowden, uma condição que faz com que a pessoa desenvolva múltiplos crescimentos benignos; e esclerose11 tuberosa.

Leia mais sobre “Doença de Cowden”, “Mutações genéticas” e “Polidactilia”.

Quais são as principais características clínicas do hamartoma1?

Embora vistos como inofensivos, esses tumores benignos podem crescer a tamanhos que causem pressão nos tecidos circundantes. Às vezes, os hamartomas4 mostram apenas poucos ou nenhum sintoma12 e até mesmo desaparecem com o tempo. Porém, em casos mais graves, e dependendo de onde eles cresceram, esses tumores podem ter sérias complicações.

Eles também podem ocorrer como parte de síndromes que predispõem as pessoas ao câncer13 em vários órgãos diferentes, mas quando causam sintomas14, isso geralmente está relacionado ao local em que ocorrem.

A localização do tumor2 pode desencadear alguns efeitos colaterais15 prejudiciais, quando começa a empurrar outros tecidos ou órgãos em suas locações normais. Se crescer externamente, um hamartoma1 pode alterar a aparência do órgão afetado, como a mama16, por exemplo. Em casos especiais, mais raros e mais graves, o crescimento do hamartoma1 pode inclusive ser fatal.

As localizações mais comuns dos tumores de hamartoma1 são: qualquer lugar da pele17, onde são muito aparentes; pescoço5 e peito18; coração7; seio19; cérebro8; pulmões;20 rins21 e baço22.

Como o médico diagnostica o hamartoma1?

Os hamartomas4 são difíceis de diagnosticar sem testes adequados. Muitas vezes, não há sintomas14 associados a um hamartoma1 e eles são encontrados incidentalmente quando um exame é solicitado por outro motivo. Os hamartomas4 podem ser muito semelhantes ao câncer13 nos estudos de imagem e, por esse motivo, podem ser muito assustadores para o paciente e desafiadores para o diagnóstico23 médico. Eles devem ser cuidadosamente testados para confirmar que não são malignos.

Alguns testes e procedimentos que os médicos podem usar para diferenciar esses crescimentos benignos de tumores cancerígenos incluem: radiografias, tomografia computadorizada24, ressonância magnética25, mamografia26, eletroencefalografia27, ultrassonografia28. Como os exames de imagem não são capazes de fazer uma diferenciação segura entre os hamartomas4 e os tumores malignos, uma biópsia29 pode ser necessária.

Como o médico trata o hamartoma1?

Em muitos casos, os hamartomas4 não causam sintomas14 e o tratamento é desnecessário. Nesses casos os médicos podem adotar uma abordagem de monitoramento para observar o crescimento deles ao longo do tempo. O tratamento para tumores de hamartoma1, quando necessário, depende em grande medida da localização em que eles crescem e dos sintomas14 prejudiciais que estejam causando.

Se a pessoa começar a sofrer convulsões, os médicos podem prescrever anticonvulsivantes para reduzir os episódios. Se a pessoa não responder à medicação, poderá ser necessária a remoção cirúrgica da lesão30.

Como evolui em geral o hamartoma1?

Muitas vezes os hamartomas4 não causam prejuízos ao organismo, mas dependendo de onde eles cresçam, externa ou internamente, podem causar sintomas14 com risco de vida.

Veja também sobre “Distinção entre tumores benignos e malignos”, “Convulsões” e “Biópsia29”.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites da University of Iowa – Hospital and Clinics e da Mayo Clinic.

ABCMED, 2020. Hamartoma - causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1361878/hamartoma-causas-sintomas-diagnostico-tratamento-e-evolucao.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hamartoma: Hamartoma é uma malformação congênita de aspecto tumoral, caracterizada por misturas anormais de tecidos próprios do órgão em que se apresenta.
2 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Hamartomas: Hamartoma é uma malformação congênita de aspecto tumoral, caracterizada por misturas anormais de tecidos próprios do órgão em que se apresenta.
5 Pescoço:
6 Cabeça:
7 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
8 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
9 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
10 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
11 Esclerose: 1. Em geriatria e reumatologia, é o aumento patológico de tecido conjuntivo em um órgão, que ocorre em várias estruturas como nervos, pulmões etc., devido à inflamação crônica ou por razões desconhecidas. 2. Em anatomia botânica, é o enrijecimento das paredes celulares das plantas, por espessamento e/ou pela deposição de lignina. 3. Em fitopatologia, é o endurecimento anormal de um tecido vegetal, especialemnte da polpa dos frutos.
12 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
16 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
17 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
18 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
19 Seio: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
20 Pulmões;: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
21 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
22 Baço:
23 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
24 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
25 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
26 Mamografia: Estudo radiológico que utiliza uma técnica especial para avaliar o tecido mamário. Permite diagnosticar tumores benignos e malignos em fase inicial na mama. É um exame que deve ser realizado por mulheres, como prevenção ao câncer.
27 Eletroencefalografia: Registro da atividade elétrica cerebral mediante a utilização de eletrodos cutâneos que recebem e amplificam os potenciais gerados em cada região encefálica.
28 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
29 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
30 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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