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Hipertrofia: o que é? Por que acontece? Como é a hipertrofia muscular esquelética?

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O que é hipertrofia1?

Hipertrofia1 é o aumento do tamanho de um órgão em consequência do aumento das funções celulares, o que provoca aumento do tamanho delas. A hipertrofia1 só ocorre se o fornecimento de oxigênio e de nutrientes for capaz de atender ao aumento das exigências celulares, se as organelas e os sistemas enzimáticos celulares estiverem íntegros e se a inervação estiver preservada. A hipertrofia1 mais conhecida é a dos músculos2 esqueléticos de um atleta, normalmente estimulada por exercícios físicos e, eventualmente, por medicações.

Por que acontece a hipertrofia1?

A hipertrofia1 de um órgão e de suas células3 é uma forma de adaptação frente a maior exigência de trabalho. Uma hipertrofia1 fisiológica4 pode ocorrer em alguns órgãos, em vista do aumento das exigências feitas a eles em determinadas fases da vida, como a da musculatura uterina durante a gravidez5, por exemplo. A hipertrofia1 também pode ser causada por um estímulo hormonal, como a hipertrofia1 do endométrio6, durante a fase estrogênica do ciclo menstrual. As hipertrofias podem se tornar patológicas como, por exemplo, a hipertrofia1 do músculo cardíaco7, em razão de pressão arterial8 alta.

A hipertrofia1 é um processo reversível, quando cessa o estímulo, porém se o estímulo for além da capacidade adaptativa pode causar degeneração9 e até morte celular. O contrário da hipertrofia1, quando a massa muscular diminui, é a atrofia10.

Qual a diferença entre hipertrofia1 e hiperplasia11?

Na hipertrofia1, não se desenvolvem células3 novas, mas as já existentes aumentam de tamanho. Já na hiperplasia11, acontece um aumento do número de células3 de um tecido12 ou órgão. A hipertrofia1 corresponde, pois, ao aumento do tamanho e volume das células3, sem aumento do número delas. Em se tratando dos músculos2, a potência mecânica deles é aumentada.

Um caso especial de hipertrofia1: hipertrofia1 muscular esquelética

A hipertrofia1 pode ocorrer em qualquer tecido12 ou órgão do corpo humano13 ou dos animais (coração14, próstata15, endométrio6, útero16, etc.) e mesmo em tecidos não musculares. A hipertrofia1 muscular esquelética é um caso específico de hipertrofia1. De tal forma, ela se tornou popularizada e é costume referir-se a ela apenas como hipertrofia1 muscular, sem precisar-se a que músculos2 se refere. A hipertrofia1 muscular esquelética é o aumento dos músculos2 estriados inseridos diretamente no esqueleto17, que provoca o crescimento visível da musculatura e, dessa maneira, uma melhor modelagem e definição do corpo. Geralmente é muito requerida por atletas, fisioculturistas e outras pessoas que dependem de força física para o desempenho de suas atividades ou de cuidados estéticos com o corpo. Adicionalmente, acredita-se que a musculação contribui para aquisição de um estado geral saudável, ajudando, sobretudo, o sistema cardiocirculatório. Ela pode ser provocada pela prática de musculação acompanhada pelo consumo equilibrado dos nutrientes necessários para que ocorra a hipertrofia1 (carboidratos e proteínas18). Na maioria dos casos, a hipertrofia1 muscular tem como objetivo aumentar a força e a definição da musculatura, porque sem o aumento do tamanho do músculo não há aumento da força nem do volume da musculatura.

Quais são as complicações possíveis da hipertrofia1 muscular esquelética?

O consumo, sem orientação médica, de substâncias que proporcionam o rápido aumento de massa muscular (anabolizantes e esteroides) representa um grande risco para a saúde19, podendo mesmo levar à morte.

ABCMED, 2014. Hipertrofia: o que é? Por que acontece? Como é a hipertrofia muscular esquelética?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/543327/hipertrofia-o-que-e-por-que-acontece-como-e-a-hipertrofia-muscular-esqueletica.htm>. Acesso em: 23 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
2 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
5 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
6 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
7 Músculo Cardíaco: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo.
8 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
9 Degeneração: 1. Ato ou efeito de degenerar (-se). 2. Perda ou alteração (no ser vivo) das qualidades de sua espécie; abastardamento. 3. Mudança para um estado pior; decaimento, declínio. 4. No sentido figurado, é o estado de depravação. 5. Degenerescência.
10 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
11 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
12 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
13 Corpo humano: O corpo humano é a substância física ou estrutura total e material de cada homem. Ele divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A anatomia humana estuda as grandes estruturas e sistemas do corpo humano.
14 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
15 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
16 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
17 Esqueleto:
18 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
19 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
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