Como se dá a obstrução das vias urinárias?
O que é a obstrução das vias urinárias?
Chama-se obstrução das vias urinárias toda interrupção mecânica do fluxo de urina1, em qualquer ponto, desde os rins2 até à uretra3. A obstrução das vias urinárias pode ser uni ou bilateral, total ou parcial, aguda ou crônica. Ela aumenta a pressão no interior do trato urinário4 e pode dilatá-lo ou provocar infecções5, formação de cálculos e hidronefrose6, uma condição grave que pode levar à perda da função renal7.
Quais são as causas principais da obstrução das vias urinárias?
A obstrução urinária pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos e idosos. Na terceira idade, as causas principais de obstrução são o aumento da próstata8 (hiperplasia9 benigna ou tumor10 maligno), cálculos renais e disfunções neurológicas.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da obstrução das vias urinárias?
A manifestação da obstrução urinária é muito variável. Se ela é parcial e ocorre após a bexiga13, há diminuição na força do jato urinário, com tendência a urinar muitas vezes e pouca quantidade de cada vez; se há uma disfunção neurológica da bexiga13 (bexiga13 neurogênica), o esvaziamento da bexiga13 é incompleto e provoca também aumento da frequência urinária e urgência14 para urinar. A obstrução urinária pode não provocar sintomas12 ou pode provocar dores e se manifestar ainda como uma insuficiência renal15, manifestações que quase sempre são acompanhadas de infecção16 urinária.
Como o médico diagnostica a obstrução das vias urinárias?
O diagnóstico17 de obstrução das vias urinárias é feito pelo exame clínico, mediante o relato e a constatação das dificuldades ao urinar, dores abdominais e problemas metabólicos consequentes às alterações da função renal7. O exame de urina18 é básico, bem como a ultrassonografia19 das vias urinárias. A urografia20 excretora, a tomografia computadorizada21 e a ressonância nuclear magnética também são exames importantes para o diagnóstico17 e devem ser solicitados pelo médico em vista da especificidade de cada caso. Algumas vezes haverá necessidade de se estudar a bexiga13 através da cistoscopia22.
Como o médico trata a obstrução das vias urinárias?
O tratamento da obstrução das vias urinárias deve ter por objetivos desobstruir o trato urinário4, debelar a infecção16 e manter a função renal7. Ele deve consistir tanto de medidas imediatas que visem desobstruir o fluxo urinário interrompido, quanto de outras que procurem restabelecê-lo de modo permanente. Algumas vezes o tratamento deve ser realizado com urgência14 por uma sondagem vesical23 ou a abertura cirúrgica da bexiga13. O tratamento cirúrgico está indicado nas situações nas quais se deve remover o obstáculo obstrutivo, como a próstata8 ou um cálculo24, por exemplo. Em algumas pessoas idosas pode haver necessidade de se manter uma sonda permanente. O tratamento com medicamentos pode ser tentado nas disfunções neurológicas da bexiga13.
Como evolui a obstrução das vias urinárias?
A obstrução aguda total constitui uma urgência14 médica e requer a passagem de uma sonda vesical23 através da uretra3 para escoamento da urina1. Bexigas cujas paredes estejam enfraquecidas por processos patológicos podem sofrer rupturas, embora isso seja uma ocorrência rara.
Quais são as complicações possíveis da obstrução das vias urinárias?
Uma obstrução pode aumentar a pressão no interior das vias urinárias, com consequências às vezes graves para a árvore urinária a montante. A obstrução urinária pode dilatar os rins2 e também provocar infecções5, formação de cálculos e perda da função renal7. A infecção16 pode dar-se porque as bactérias que entram nas vias urinárias não podem ser arrastadas pela urina1 quando se obstrui o fluxo e se acumulam no interior das vias urinárias.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Mayo Clinic, National Kidney Foundation e National Health Service (NHS) do Reino Unido.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.