Gostou do artigo? Compartilhe!

Peeling - quais são os tipos mais comuns? Como eles tratam a pele?

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é peeling?

A palavra peeling é originada do verbo inglês “to peel”, que significa descamar. Por extensão, peeling equivale a descamação1. O objetivo desse procedimento é renovar as células2 das camadas superficiais da pele3 por meio da descamação1.

A pele3 seca e descascada é mais comumente um sinal4 de dano à sua camada superior (epiderme5), causada principalmente, mas não só, por queimaduras solares. Se a pele3 descascada for devida a outros fatores que não a queimaduras solares, a pessoa deve procurar falar com o médico antes de tentar remédios caseiros.

Mas se a pele3 começou a descamar após queimaduras solares, existem recursos caseiros que podem ser usados para impedir que ela piore. O peeling é um desses recursos.

Saiba mais sobre "Queimadura de sol" e "Ceratose: um efeito cumulativo da exposição ao sol".

Tipos de peeling

Existem dois tipos de peeling: físico ou químico. O peeling físico é feito por meio de agentes físicos que promovem a descamação1 da pele3, como lixas comuns e cremes abrasivos até aparelhos que realizam uma microabrasão na pele3 ou lixas com pontas de diamantes. Os métodos, aplicados corretamente, costumam ser indolores e seguros e por meio deles o paciente percebe a melhoria imediata no tônus, textura e pigmentação da pele3.

Os peelings químicos são feitos com a aplicação de substâncias, como os ácidos salicílico, retinoico ou outros, que removem as camadas superficiais da pele3, para que depois ela se regenere com uma aparência mais saudável.

Por que fazer peeling?

Os peelings faciais ocasionais soltam e removem as células2 mortas da camada superficial da pele3, melhorando sua textura, ao mesmo tempo que restaura a elasticidade6 da pele3, reduz o tamanho dos poros e diminui as linhas finas e rugas.

Também ajuda a reduzir a hiperpigmentação da pele3 e estimula a produção de colágeno7. O peeling facial melhora muito a aparência da pele3 da face8, removendo a pele3 ressecada, manchas, rugas e cicatrizes9 de acne10, dando-lhe, assim, um novo vigor.

Como preparar um peeling?

Há preparados caseiros para peeling, mas a pessoa deve tomar muito cuidado ao fazê-los, pois muitos podem piorar o aspecto da pele3 e deixar manchas.

Há também produtos químicos para fazer peeling. Muitos peelings químicos são realizados em consultórios médicos, mas existem também versões domésticas que usam produtos químicos menos potentes. Se a pessoa procurar aprender a maneira correta de preparar e aplicar esses produtos, terá os melhores resultados do peeling químico. No entanto, os peelings químicos são mais eficazes e seguros quando feitos por um dermatologista. O primeiro cuidado é comprar os produtos de uma empresa confiável.

A aplicação de ácido glicólico melhora a acne10, cravos e manchas escuras e pode diminuir a aparência de linhas finas e tornar a pele3 mais suave. Aplicações de ácido láctico melhoram a hiperpigmentação. É aconselhável para usuários iniciantes porque é a opção mais suave. Descolore marcas escuras e suaviza a pele3, podendo ser usado em todos os tipos de pele3, e é melhor que o ácido glicólico para pele3 seca.

As aplicações do ácido tricloroacético, mais forte, por vezes, ocasiona descamações mais doloridas que requerem 7 a 10 dias de recuperação. Podem melhorar cicatrizes9 de acne10 superficiais, estrias, marcas na pele3, danos causados pelo sol, linhas finas e rugas.

Se esta for a primeira vez que a pessoa estiver usando um peeling químico, deve usar a menor concentração possível da substância química e aumentá-la gradualmente à medida que sua pele3 for se acostumando. Para descamar a pele3 com ácido glicólico e ácido láctico, descontinue a tretinoína (se estiver usando) durante 3-4 dias antes e depois do procedimento. Para desfolhar a pele3 com o ácido tricloroacético, interrompa-a por 5 dias antes e 10 dias após a aplicação do peeling.

Leia sobre "Acne10", "Estrias", "Rugas", "Ritidoplastia ou lifting facial" e "Laser tratando lesões11 de pele3".

Quanto dura o peeling? Como interromper o peeling?

Na maioria dos casos, a pele3 começa a descascar cerca de três dias depois de queimar. O peeling deve parar quando a queimadura se curou, cerca de sete dias para queimaduras mais leves. Queimaduras mais graves exibem bolhas ou descamação1 sobre grandes áreas do corpo, como as costas12 inteiras; febre13 ou calafrios14; tonturas15 e/ou confusão mental. As queimaduras desta gravidade requerem atenção médica.

As queimaduras de sol, mesmo as menos graves, podem causar danos sérios à pele3, aumentam substancialmente as chances de câncer16 de pele3 e colocam em risco para o envelhecimento prematuro.

Ao parar o peeling, a pessoa deve tomar um analgésico17 e usar um creme anti-inflamatório; tomar banho frio; tentar se hidratar logo após o banho; evitar esfregar a pele3 depois do banho; colocar uma compressa fria e úmida na pele3 por 20 a 30 minutos; usar um hidratante para pele3 e proteger a pele3 descascada de danos adicionais, mantendo-a coberta com roupa ou com uma camada muito fina de protetor solar. E jamais tomar sol após o procedimento.

Veja também sobre "Envelhecimento saudável", "Câncer16 de pele3 não melanoma18", "Melasmas19" e "Sardas ou efélides".

 

ABCMED, 2019. Peeling - quais são os tipos mais comuns? Como eles tratam a pele?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/pele-saudavel/1336223/peeling-quais-sao-os-tipos-mais-comuns-como-eles-tratam-a-pele.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Descamação: 1. Ato ou efeito de descamar(-se); escamação. 2. Na dermatologia, fala-se da eliminação normal ou patológica da camada córnea da pele ou das mucosas. 3. Formação de cascas ou escamas, devido ao intemperismo, sobre uma rocha; esfoliação térmica.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
4 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
5 Epiderme: Camada superior ou externa das duas camadas principais da pele.
6 Elasticidade: 1. Propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração, e retornar parcial ou totalmente à forma original. 2. Flexibilidade, agilidade física. 3. Ausência de senso moral.
7 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
8 Face: Parte anterior da cabeça que inclui a pele, os músculos e as estruturas da fronte, olhos, nariz, boca, bochechas e mandíbula.
9 Cicatrizes: Formação de um novo tecido durante o processo de cicatrização de um ferimento.
10 Acne: Doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. As lesões começam a surgir na puberdade, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos. Os cravos e espinhas ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.
11 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
12 Costas:
13 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
14 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
15 Tonturas: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
16 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
17 Analgésico: Medicamento usado para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
18 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
19 Melasmas: Manchas escuras na face. O seu surgimento está relacionado à gravidez. Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e características raciais também influenciam o seu surgimento. O cloasma gravídico pode desaparecer espontaneamente após a gravidez, não exigindo, às vezes, nenhum tipo de tratamento.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.