Esofagectomia - como é o procedimento?
O que é esofagectomia?
A esofagectomia é um procedimento cirúrgico para remover parte ou todo o esôfago1 (tubo entre a boca2 e o estômago3 que faz parte do sistema digestivo4) e depois reconstruí-lo usando parte de outro órgão, geralmente o estômago3.
Por que motivos se deve fazer uma esofagectomia?
A esofagectomia é um tratamento comum para remover o câncer5 do esôfago1 ou aliviar seus sintomas6 e é usada ocasionalmente no esôfago1 de Barrett, se houver células7 pré-cancerosas agressivas. Uma esofagectomia também pode ser recomendada para condições não cancerígenas quando outras tentativas anteriores de tratamento preservando o esôfago1 falharem, como na acalasia (distúrbio de motilidade esofágica), ou nas estenoses8 em estágio terminal, ou após a ingestão de material que danifique o revestimento interno do esôfago1.
Leia sobre "Esofagite9", "Acalásia", "Hérnia10 de hiato" e "Refluxo Gastroesofágico11".
Como se processa a esofagectomia?
Uma esofagectomia envolve remover parte ou a maior parte do esôfago1. Se houver câncer5, serão removidos também uma porção da parte superior do estômago3 e os linfonodos12 próximos. A quantidade do esôfago1 e/ou do estômago3 a ser removida depende da localização e do estágio do câncer5. O médico determinará qual tipo de procedimento é melhor para cada caso específico, usando técnicas de imagem como tomografia computadorizada13, ressonância magnética14 e tomografia por emissão de pósitrons, além de endoscopia15, biópsias16 e ultrassonografia17, e deverá informar a decisão ao paciente e conscientizá-lo do que esperar.
Antes da esofagectomia, o médico pode recomendar ainda que o paciente faça quimioterapia18 ou radioterapia19, ou ambas, seguidas de um período de recuperação. Se o paciente fuma, o médico pedirá que ele pare de fumar, pois o tabagismo aumenta muito o risco de complicações após a cirurgia.
Ainda no período de preparação para a cirurgia, o paciente precisa informar ao médico os remédios que esteja tomando e saber dele se pode ou não continuar a tomá-los. Alguns deles, como os anticoagulantes20, por exemplo, precisam ser interrompidos dias antes da cirurgia planejada. O paciente deve ainda advertir o médico quanto a reações alérgicas a medicamentos que tenha tido no passado. Em alguns casos, será conveniente tomar suplementos nutricionais e mudar para uma dieta líquida dois a três dias antes da cirurgia, para ajudar a esvaziar um esôfago1 com tendência a se encher de comida e complicar sua remoção.
Durante uma esofagectomia aberta, o cirurgião remove todo ou parte do esôfago1 através de uma incisão21 no pescoço22, tórax23 ou abdômen. O esôfago1 é substituído por outro órgão, mais comumente o estômago3, mas ocasionalmente também o intestino delgado24 ou o grosso. Na maioria dos casos, no entanto, a esofagectomia pode ser feita por cirurgia minimamente invasiva, seja por laparoscopia25, por robô assistido ou por uma combinação dessas abordagens. Quando a situação individual é apropriada, esses procedimentos são realizados através de várias pequenas incisões26 e podem resultar em redução da dor e recuperação mais rápida que a cirurgia convencional.
Logo após a cirurgia, o paciente deverá fazer alimentação por sonda (nutrição27 enteral) através de um pequeno tubo colocado no abdômen, que se conecta ao intestino delgado24 por quatro a seis semanas, enquanto se recupera. Depois de retomar uma dieta normal, o paciente deve comer com mais frequência e em quantidades menores de cada vez.
A maioria das pessoas relata melhora na qualidade de vida após a esofagectomia, mas alguns sintomas6 podem continuar. O paciente na maioria dos casos perde peso após a cirurgia, devido à sua nova dieta.
Quais são os riscos da esofagectomia?
A esofagectomia acarreta os mesmos riscos de toda cirurgia e alguns que lhe são específicos e que podem incluir: sangramentos, infecções28, tosse, vazamento da conexão cirúrgica do esôfago1 e do estômago3, mudanças de voz, refluxo gástrico ou biliar, náuseas29, vômitos30, diarreia31, complicações respiratórias, disfagia32 (dificuldades de deglutição33), fibrilação atrial e, mais raramente, morte.
Veja também sobre "Câncer5 de esôfago1", "Esofagite9 erosiva" e "Esofagite de refluxo34".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas dos sites do Instituto Oncoguia e da Mayo Clinic.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.