Depuração da creatinina
O que é a creatinina1?
A creatinina1 é um produto da degradação da fosfocreatina no músculo e é geralmente produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo. A creatinina1 é filtrada nos rins2 e eliminada por eles na urina3.
Os médicos medem o nível de creatinina1 no sangue4 para terem uma primeira ideia de como anda a função renal5. A capacidade dos rins2 de manipular a creatinina1 é chamada taxa de depuração da creatinina1, o que ajuda a estimar a taxa de filtração glomerular pelos rins2. Se os valores estiverem alterados, pode significar que a função dos rins2 está alterada.
Saiba mais sobre "Insuficiência renal6 aguda", "Insuficiência renal6 crônica" e "Avaliação da função renal5".
Qual é a taxa normal da creatinina1 no sangue4?
A taxa da creatinina1 no sangue4 é diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa muscular, maior será essa taxa. Uma taxa de creatinina1 elevada no sangue4 é um dos indícios de insuficiência renal6. Através da medida da creatinina1 no sangue4 e na urina3 é possível calcular a taxa de filtração glomerular, que é um parâmetro mais refinado, usado para avaliar a função renal5.
A creatinina1 no sangue4 só se altera depois de haver destruição dos néfrons7 (estruturas responsáveis pela filtração renal5) e da função renal5 estar prejudicada em cerca de 60% do seu funcionamento normal. Por isso, um simples teste de creatinina1 sanguínea não é adequado para detectar uma doença renal5 em estágio inicial. Os valores de referência normais para a creatinina1 no sangue4 são:
- Crianças de 1 a 5 anos: 0,3-0,5mg/dL.
- Crianças de 5 a 10 anos: 0,5-0,8mg/dL.
- Adultos do sexo masculino: 0,7-1,2mg/dL.
- Adultos do sexo feminino: 0,5-1,1mg/dL.
Porém, mais importante que níveis absolutos de creatinina1 é a evolução desses níveis ao longo do tempo. Níveis altos e crescentes de creatinina1 indicam dano renal5. E níveis progressivamente decrescentes significam uma melhoria da função dos rins2.
O que é a depuração da creatinina1?
Chama-se de depuração de creatinina1 ou clearance da creatinina1 à quantidade de sangue4 que os rins2 podem tornar livre de creatinina1 a cada minuto. O sangue4 total do corpo passa várias vezes pelos rins2, onde muitas substâncias residuais são filtradas pelos néfrons7 e reabsorvidos pelos túbulos renais. A creatinina1 uma vez filtrada, não é reabsorvida. Por isso, a depuração da creatinina1 é um exame, entre outros, feito para avaliar a função dos rins2 (néfrons7). A taxa de depuração da creatinina1 em uma pessoa jovem saudável é de aproximadamente 95-120 mililitros por minuto para homens.
O exame é realizado da seguinte maneira: é feita a coleta de urina3 de 24 horas e neste intervalo de tempo é colhida uma mostra de sangue4 em uma veia. No laboratório, é feita a medição da quantidade de creatinina1 no sangue4 e na urina3. Os valores são colocados em uma fórmula que leva em consideração o peso corporal, a idade e o sexo biológico do paciente. Os valores que resultam da fórmula fornecem os resultados da depuração.
O exame de depuração de creatinina1, portanto, mostra quanta creatinina1 está sendo produzida (sangue4) e quanta creatinina1 está sendo excretada (urina3). Isso ajuda a entender se a função renal5 está mesmo comprometida, uma vez que algumas pessoas podem apresentar níveis mais baixos ou mais altos de creatinina1 no sangue4 sem apresentar problemas na função renal5 e os resultados da amostra de urina3 comprovam que a creatinina1 está sendo adequadamente filtrada.
O que fazer diante de níveis baixos de depuração da creatinina1?
Se o paciente tiver uma baixa taxa de filtração glomerular e da depuração de creatinina1, isso pode ser indicação de insuficiência renal6. As principais causas da doença renal5 crônica são hipertensão arterial8 e diabetes9. Se o paciente tiver essas condições, o primeiro passo é controlá-las com dieta, exercícios e medicamentos. Se essas condições não estiverem presentes, testes adicionais podem ser necessários para identificar a causa da doença renal5.
A verificação periódica da filtração glomerular ou da depuração da creatinina1 permite que o paciente e o médico acompanhem qualquer declínio da função renal5 ao longo do tempo. A maioria das pessoas não precisará de diálise10, senão quando a taxa de filtração glomerular e a depuração de creatinina1 caírem muito.
Veja também sobre "Índice de filtração glomerular11", "Nefrite12", "Cálculo13 renal5", "Sangue4 na urina3" e "Câncer14 renal5".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da Cleveland Clinic e do U. S. National Institute of Health.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.