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Cintilografia renal

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O que é a cintilografia1 renal2?

A cintilografia1 renal2, também conhecida como escaneamento renal2, é um exame de imagens que usa pequenas quantidades de fármacos radioativos, uma câmera especial e um computador para gerar imagens que permitem avaliar a função e a anatomia dos rins3 e determinar se estão funcionando adequadamente.

A cintilografia1 renal2 pode fornecer informações muitas vezes não atingíveis por outros procedimentos de imagens. Em muitos casos, e com antecedência em relação a ela, a ultrassonografia4, tomografia computadorizada5 e ressonância magnética6 também podem ser usadas e fornecer as imagens necessárias. Em cada caso específico, o médico determinará qual desses procedimentos fornecerá as informações de que necessita sobre seus rins3.

Saiba mais sobre "Ultrassonografia4", "Tomografia computadorizada5" e "Ressonância magnética6".

Em que consiste o exame de cintilografia1 renal2?

A cintilografia1 renal2 envolve a injeção7 de um radiofármaco que emite uma pequena quantidade de radioatividade. Esse radiotraçador8 se distribui por todo o organismo, mas como ele interage de maneira diferente com diferentes tipos de tecido9, a captação dele pode ajudar os médicos a determinar o estado funcional dos rins3.

Neles, o radiotraçador8 libera energia na forma de raios gama, a qual é detectada por um dispositivo chamado de câmera gamma associada a um computador para produzir imagens especiais que oferecem detalhes sobre a estrutura e a função dos órgãos e tecidos visados. A cintilografia1 renal2 também pode ser usada para avaliar as consequências de um transplante renal2.

Normalmente ela é realizada em nível ambulatorial ou de hospital-dia, mas pode também ser realizada em pacientes que estejam hospitalizados. O paciente será posicionado em uma mesa de exame e geralmente terá um cateter intravenoso inserido em uma veia da mão10 ou do braço. Antes das imagens, o paciente será injetado com uma pequena quantidade de radiofármaco.

A tomada de imagens deve começar enquanto o marcador está sendo administrado, mas a imagem do córtex renal11 requer uma espera de três horas após a administração do traçador para que comece a se formar. Quando chegar a hora de iniciar a geração de imagens, a câmera gama girará em torno do paciente e tirará uma série de imagens. Enquanto a câmera estiver tirando fotos, o paciente precisará permanecer imóvel por breves períodos de tempo e pode ser solicitado a sentar-se ou a deitar-se para o exame. Dependendo do tipo de procedimento, a tomada de imagens renal2 pode durar de 30 minutos a 2 horas.

O paciente apenas sentirá uma pequena picada quando o radiotraçador8 for injetado e após a injeção7 poderá experimentar um breve gosto metálico na boca12, que logo se desfaz. Embora a tomada de imagens não cause dor, pode haver algum desconforto por ter que permanecer imóvel ou permanecer em uma posição específica durante a aquisição das imagens. Em alguns casos, a câmera pode se mover muito perto do corpo e, se o paciente for claustrofóbico, deve informar o técnico antes do início do exame.

A menos que o médico oriente o contrário, o paciente pode retomar às suas atividades normais após o exame.

Leia sobre "Transplante renal2", "Estenose13 de JUP ou Junção Ureteropélvica", "Câncer14 renal2" e "Biópsia15 renal2".

Preparando-se para o exame de cintilografia1 renal2

A paciente mulher deve informar ao médico se existe a possibilidade de estar grávida ou se estiver amamentando. Todos os pacientes devem informar também quaisquer doenças recentes que tenham tido, alergias e medicamentos que estejam tomando para que ele os instrua sobre se deve ou não parar de tomar alguns deles.

Além disso, devem aumentar a ingestão de líquidos antes do exame ou mesmo receberem líquido por via intravenosa. Um diurético16 pode ser dado para aumentar a produção de urina17. Em alguns casos, no entanto, a critério médico, a bexiga18 precisa permanecer vazia durante o exame, e o paciente pode ser solicitado a esvaziá-la ou, se houver um grande resíduo ou dificuldade para urinar, pode ser necessário inserir um cateter.

Joias e outros acessórios metálicos devem ser retirados antes do exame, pois podem interferir no procedimento. O paciente deve estar usando roupas soltas e confortáveis, quase sempre o serviço médico onde o exame será feito fornecerá uma veste adequada.

Benefícios e riscos da cintilografia1 renal2

Benefícios:

As informações fornecidas pelas imagens da cintilografia1 são únicas e muitas vezes inatingíveis por outros procedimentos de imagens. As imagens renais obtidas fornecem informações úteis e necessárias para fazer um diagnóstico19 ou para determinar o tratamento apropriado, se houver.

Riscos:

A exposição do paciente à radiação é relativamente baixa, aceitável para exames diagnósticos, mas deve ser evitada em grávidas. Esse risco de radiação, contudo, é muito baixo comparado aos potenciais benefícios do exame. Esses procedimentos diagnósticos têm sido usados há mais de cinco décadas e não há efeitos adversos conhecidos a longo prazo decorrentes deles.

Os riscos do tratamento devem sempre ser ponderados em relação aos potenciais benefícios. Reações alérgicas aos radiofármacos podem ocorrer, mas são extremamente raras e geralmente são leves. A injeção7 do radiofármaco pode causar dor leve e vermelhidão, que deve se resolver rapidamente.

Veja também sobre "Displasia20 renal2", "Ureterocele", "Cistos renais", "Rim21 flutuante", "Hidronefrose22" e "Ectopia renal2".

 

ABCMED, 2018. Cintilografia renal. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/1323478/cintilografia-renal.htm>. Acesso em: 25 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Cintilografia: Procedimento que permite assinalar num tecido ou órgão interno a presença de um radiofármaco e acompanhar seu percurso graças à emissão de radiações gama que fazem aparecer na tela uma série de pontos brilhantes (cintilação); também chamada de cintigrafia ou gamagrafia.
2 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
3 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
4 Ultrassonografia: Ultrassonografia ou ecografia é um exame complementar que usa o eco produzido pelo som para observar em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas internas do organismo (órgãos internos). Os aparelhos de ultrassonografia utilizam uma frequência variada, indo de 2 até 14 MHz, emitindo através de uma fonte de cristal que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, os quais são interpretados através de computação gráfica.
5 Tomografia computadorizada: Exame capaz de obter imagens em tons de cinza de “fatias†de partes do corpo ou de órgãos selecionados, as quais são geradas pelo processamento por um computador de uma sucessão de imagens de raios X de alta resolução em diversos segmentos sucessivos de partes do corpo ou de órgãos.
6 Ressonância magnética: Exame que fornece imagens em alta definição dos órgãos internos do corpo através da utilização de um campo magnético.
7 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
8 Radiotraçador: É um isótopo radioativo, ligado a uma substância injetada no sistema biológico, cujo percurso pode ser traçado pela detecção de sua radiação, auxiliando em diagnósticos médicos, por exemplo.
9 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
10 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
11 Córtex Renal: Zona mais externa do RIM (abaixo da cápsula), constituída pelos GLOMÉRULOS RENAIS, TÚBULOS RENAIS DISTAIS e TÚBULOS RENAIS PROXIMAIS.
12 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
13 Estenose: Estreitamento patológico de um conduto, canal ou orifício.
14 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
15 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
16 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
17 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
18 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
19 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
20 Displasia: Desenvolvimento ou crescimento anormal de um tecido ou órgão.
21 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
22 Hidronefrose: Dilatação da via excretora de um ou ambos os rins. Em geral é produzida por uma obstrução ao nível do ureter ou uretra por cálculos, tumores, etc.
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