Hormônio do crescimento - principais funções, sintomas da falta e do excesso do GH, como tratar as deficiências e os excessos
O que é o hormônio1 do crescimento?
O hormônio1 do crescimento (GH) é produzido pela glândula2 hipófise3, situada na base do crânio4, e está presente em todas as pessoas normais. Ele é indispensável durante o período de crescimento porque, sem ele, a estatura adulta normal de uma pessoa não pode ser alcançada. A sigla GH, com a qual esse hormônio1 geralmente é citado, se refere à denominação em inglês do hormônio1 do crescimento: Growth Hormone.
Quais são as funções principais do hormônio1 do crescimento?
O GH é responsável pelo crescimento físico do corpo humano5 e pelo crescimento celular. Mas sua falta ou excesso podem trazer problemas, principalmente quanto à regulação do metabolismo6.
A deficiência deste hormônio1 pode dar origem ao nanismo (indivíduos anões), doença caracterizada por uma estatura anormalmente baixa. Por sua vez, o excesso do GH pode causar crescimento exagerado de algumas partes do corpo (acromegalia7) e/ou da estatura do indivíduo como um todo (gigantismo). Em crianças, o GH é responsável pelo desenvolvimento físico expressivo, podendo ser bastante bem visualizado no rápido aumento da estrutura corporal na puberdade (estirão). Nelas, o GH estimula o crescimento ósseo e de diversos outros tecidos corporais. Nos adultos, o GH estimula o sistema imune8, participa do metabolismo6 da glicose9, promove a queima de gordura10 e o aumento da massa muscular. A deficiência do GH se expressa, entre outras coisas, pelos sintomas11 da síndrome metabólica12. O GH segue atuando sobre a construção do corpo humano5 ao longo de toda a vida e, por este motivo, sua presença precisa ser uma constante.
Leia sobre “Síndrome13 de Sheehan”, “Crescimento infantil14” e “Dores de crescimento”.
Quais são os sintomas11 devidos à falta e ao excesso do hormônio1 do crescimento?
O valor normal das taxas sanguíneas do hormônio1 do crescimento é mais elevado em crianças do que adultos. Portanto, enquanto entre crianças a taxa de GH deve ficar entre 5 e 20 µg/L (micrograma por litro), os adultos devem ter níveis entre 3 e 5 µg/L. A deficiência do GH pode estar presente ao nascimento (congênita15) ou desenvolver-se posteriormente (adquirida). A condição ocorre se a glândula2 pituitária produz muito pouco hormônio1 do crescimento, em razão de defeitos genéticos, lesão16 cerebral grave ou ausência da glândula2 pituitária. Às vezes, a deficiência do GH pode estar associada a níveis mais baixos de outros hormônios (pan-hipopituitarismo). Em alguns casos, não há uma causa clara identificada.
A deficiência ou excesso do GH se expressa por sinais17 físicos bem visíveis. A deficiência de GH se mostra em crianças pelo atraso do seu crescimento, o chamado nanismo. As crianças com deficiência de GH têm estatura anormalmente baixa, porém com proporções corporais normais. Em adultos, a produção do hormônio1 do crescimento pode ser afetada por traumas na hipófise3, tumores, exposição elevada a radiação, quimioterapia18, doenças infecciosas ou inflamatórias, entre outras. Além disso, doenças genéticas podem também acometer a produção desse hormônio1. Em alguns casos, a deficiência do GH pode ser tratada com o uso do hormônio1 sintético. Se houver outras deficiências hormonais, outros hormônios também podem ser administrados em associação com o hormônio1 do crescimento.
Quando há produção em excesso, ocorre o crescimento exagerado de algumas partes do corpo, como mãos19, pés, nariz20 e orelha21, por exemplo. Essas alterações são, muitas vezes, acompanhadas de outros problemas graves de saúde22, como insuficiência cardíaca23, fraqueza e problemas de visão24. Essa situação pode se apresentar durante a infância, a puberdade ou a vida adulta. Em adultos, um tumor25 é a causa mais comum de produção excessiva do GH. O tumor25 hipofisário primário geralmente é um tumor25 benigno, chamado adenoma26 da glândula2 pituitária. Os casos de acromegalia7 são causados porque o tumor25 secreta quantidades excessivas de hormônio1 do crescimento. Tumores não hipofisários são tumores em outras partes do corpo, como nos pulmões27 e no pâncreas28, por exemplo, que também secretam diretamente o GH e causam acromegalia7. Em alguns casos, esses tumores produzem um hormônio1 que libera o GH e que estimula a glândula2 pituitária a produzir mais GH.
Como tratar a deficiência ou o excesso do hormônio1 do crescimento?
A deficiência do GH pode ser corrigida com a reposição do hormônio1 sintético. Quanto mais cedo for feita a reposição, melhores serão os resultados. Ainda com relação à deficiência, com o avanço da tecnologia médica tornou-se possível inserir o gene do hormônio1 do crescimento em bactérias como a Escherichia coli, por exemplo, que por sua vez se tornam reprodutoras do hormônio1 do crescimento a ser utilizado nas mais diversas necessidades clínicas de reposição.
Nos casos de excesso, se o tumor25 for pequeno e não estiver comprimindo estruturas circunvizinhas, o tratamento pode ser feito com medicamentos que inibam a produção excessiva do hormônio1, aliviando os principais sintomas11 da doença. Em casos de tumores maiores ou que estejam causando outros problemas, pode-se recorrer à cirurgia para a remoção do adenoma26. Além disso, também existe a possibilidade de radioterapia29 ou de uma combinação dos vários tratamentos possíveis que devem ser avaliados individualmente.
Artigos relacionados: “Nanismo”, “Acromegalia7” e “Síndrome13 de Proteus” e “Acondroplasia”.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Harvard Health Publishing – Harvard Medical School e da Encyclopedia Britannica.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.