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Síndrome do lobisomem: você sabe o que é?

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O que é hipertricose1?

A hipertricose1 (também conhecida como síndrome2 do lobisomem) é uma doença extremamente rara, caracterizada por um crescimento excessivo de pelos, os quais geralmente cobrem todo o corpo, exceto as palmas das mãos3 e as plantas dos pés. Desde a idade média, apenas 50 casos foram relatados. Frequentemente essas pessoas eram mais objeto de curiosidade do que de tratamento e como tal eram exibidas em espetáculos públicos. Num caso ocorrido em Tenerife, o paciente era exibido por sua própria família no castelo de Ambras, nome que foi adotado para uma das variantes deste distúrbio.

Quais são os tipos de hipertricose1 que existem?

Existem basicamente duas variantes da doença, que são a hipertricose1 lanuginosa congênita4 e a síndrome2 de Ambras. A hipertricose1 também pode ser generalizada por todo o corpo ou localizada apenas em áreas específicas.

Quais são as causas da hipertricose1?

Como sempre acontece com casos muito raros, não se sabe muita coisa a respeito das causas da hipertricose1. Sabe-se apenas que se trata de uma mutação genética5, mas que nem sempre ela ocorre de forma hereditária, podendo ser espontânea (embora isso seja ainda mais raro).

Quais são os principais sinais6 e sintomas7 que acompanham a hipertricose1?

Na hipertricose1 lanuginosa congênita4 o pelo é relativamente fino e felpudo e pode chegar a 25 centímetros de comprimento. Na síndrome2 de Ambras o pelo é mais grosso, é colorido e cresce durante toda a vida. Além da exagerada presença de pelos, as pessoas que sofrem desta síndrome2 não possuem necessariamente nenhuma outra alteração, tendo uma vida idêntica a das pessoas normais, salvo pelas repercussões psicológicas e sociais do problema. No entanto, algumas vezes, a hipertricose1 pode estar associada a outras anormalidades também congênitas8. Pode haver crescimento localizado de pelos que, embora ofereça uma aparência muito diferente das formas generalizadas, é também chamado hipertricose1.

Como diagnosticar a hipertricose1?

A aparência assumida pela pessoa é tão típica que não deixa dúvidas quanto ao diagnóstico9 de hipertricose1, mais complicado é diagnosticar as suas causas. Deve ser feita uma exclusão diagnóstica com o crescimento dos pelos induzido por androgênio.

Como tratar a hipertricose1?

As opções de tratamento são limitadas e os resultados nem sempre são satisfatórios. O único tratamento eficaz e duradouro encontrado até hoje são formas de depilação, sobretudo a depilação a laser. No entanto, nenhum método de depilação é apropriado para todas as localizações corporais e a que for adotada dependerá de características dos pelos, da área atingida e da quantidade de crescimento do pelo, assim como da idade do paciente e da preferência individual.

ABCMED, 2015. Síndrome do lobisomem: você sabe o que é?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/758467/sindrome-do-lobisomem-voce-sabe-o-que-e.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Hipertricose: É a transformação de pêlos velus (de textura fina e distribuídos em todo o corpo) em pêlos terminais (mais grossos e escuros). Não é causada por um aumento na produção de androgênios, podendo ser congênita ou adquirida. A hipertricose adquirida pode ser ocasionada por ingestão de medicamentos, algumas doenças metabólicas, como hipotireoidismo e porfirias, ou doenças nutricionais, como anorexia, desnutrição ou síndromes de má absorção.
2 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
3 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
4 Congênita: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
5 Mutação genética: É uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
6 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
9 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
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