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Queda da libido

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O que é a libido1?

A libido1 é a energia instintiva que dá origem ao desejo ou impulso sexual de um homem ou uma mulher. Na psicologia, é vista como a energia que direciona os instintos vitais. Ela não está ligada exclusivamente aos órgãos genitais e pode ser dirigida a uma pessoa, objeto, ao próprio corpo ou mesmo a uma atividade física ou intelectual.

A libido1 é uma das principais motivações dos seres humanos para a perpetuação da espécie. Freud foi o estudioso maior da libido1 como energia instintiva, embora Jung a tenha classificado como força vital psíquica ou energia vital geral, comparável ao “elã vital” de Bergson. Em termos gerais, contudo, a libido1 quase sempre é tomada no seu sentido sexual. Seja vista de uma maneira ou de outra, essa energia pode variar em intensidade, para mais ou para menos.

O que é queda da libido1?

A queda da libido1 corresponde à diminuição do interesse e da impulsividade sexuais, com diminuição do prazer auferido de práticas sexuais. Em termos populares, pode-se dizer mais grosseiramente que é a "falta de tesão". Ao mesmo tempo em que a libido1 sofre uma queda, diminuem também as demais impulsividades e desejos não só na sexualidade, mas na vida como um todo.

Quais são as causas da queda (e aumento) da libido1?

A causa mais comum de queda da libido1 é a diminuição da testosterona, no homem, e da progesterona, na mulher, que ocorre naturalmente com a idade, a partir da andropausa e da menopausa2, respectivamente. Essa diminuição também pode ocorrer em função de alimentação inadequada, ingestão de medicamento, depressão, ansiedade e estresse, entre outras causas.

O uso exagerado do fumo e do álcool e certas condições clínicas, como o hipotireoidismo3, por exemplo, são fatores que também diminuem a libido1. Também os obesos têm uma diminuição da testosterona e, assim, da libido1. O estresse crônico4 é outro fator que diminui a testosterona, por meio dos níveis aumentados de cortisol.

Também nas mulheres pode ocorrer uma diminuição da libido1, com diminuição do desejo sexual ou dificuldades de orgasmo, por fatores como o uso de anticoncepcionais orais, cansaço, depressão, baixa autoestima, má qualidade do relacionamento afetivo, traumas emocionais, obesidade5, anemias graves, abuso de álcool e drogas, período pós-parto, durante a amamentação6, uso de antidepressivos, hipnóticos, ansiolíticos e distúrbios hormonais.

Mas, inversamente, pode ocorrer também aumento da libido1. A libido1 feminina, por exemplo, aumenta naturalmente durante o ciclo menstrual, quando a mulher entra no período fértil. Há suplementos alimentares para o aumento artificial da libido1.

Entre as plantas, encontra-se a maca, conhecida como “Viagra peruano”. Também o ginseng tem propriedades que aumentam a libido1, ajudando a estabilizar os hormônios. O “tribulus terrestris”, uma erva daninha, é outra planta que ajuda a produzir hormônios. As plantas, contudo, não garantem a solução total da diminuição da libido1, quando o fator está ligado a problemas psíquicos.

Saiba mais sobre "Menopausa2", "Depressão", "Ansiedade", "Estresse" e "Pílulas anticoncepcionais".

Quais são as principais características clínicas da queda da libido1?

A queda da libido1 se manifesta, em geral, por um menor interesse sexual e por alguma dificuldade em obter o prazer sexual normal. Em casos mais extremos, pode-se manifestar, inclusive, por uma aversão à sexualidade. A baixa da testosterona, além de diminuir o impulso sexual, ajuda na depressão, queda do desempenho físico, diminuição do entusiasmo e do volume muscular, queda da resistência orgânica e entusiasmo pela vida.

Como o médico diagnostica a queda da libido1?

O diagnóstico7 de queda da libido1 é eminentemente8 clínico. Geralmente o paciente relatará diminuição do interesse sexual ou mesmo aversão ao sexo. Exames complementares e de laboratório podem ser pedidos para esclarecer suas causas.

Como o médico trata a queda da libido1?

O tratamento da queda da libido1 depende da sua causa, mas existe tratamento para ela e sempre será muito importante tratá-la porque os problemas com o desejo sexual acabam afetando toda a vida de uma pessoa e também de seu parceiro.

Em primeiro lugar, deve ser pesquisado se a causa do problema é orgânica ou psíquica e se existe alguma medicação que possa ser usada para aliviar os sintomas9. Alguma forma de psicoterapia é indicada, mesmo que a origem do problema seja orgânica, e pode ser tanto individual quanto de casal. Afinal, mesmo havendo uma causa orgânica definida, a queda da libido1 sempre envolve também problemas emocionais. Quando há uma causa orgânica subjacente, ela deve ser tratada.

Ao contrário da crença comum, não existem alimentos que tenham efeito direto e imediato no aumento da libido1. Entretanto, alguns alimentos que ajudam a melhorar a circulação10 e a produção de neurotransmissores estão diretamente ligados à sensação de bem-estar e prazer. Os frutos do mar, por exemplo, são ricos minerais que contribuem para a formação de testosterona. Assim como esses, há outros alimentos que são excelentes opções nutricionais. Deve-se, então, cultivar uma dieta equilibrada e variada, rica em nutrientes, e praticar exercícios físicos de maneira regular, os quais ajudam a liberar hormônios relacionados ao bem-estar.

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ABCMED, 2017. Queda da libido. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1303403/queda-da-libido.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
2 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
3 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
4 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
5 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
6 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
7 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
8 Eminentemente: De modo eminente; em alto grau; acima de tudo.
9 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
10 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
11 Ejaculação: 1. Ato de ejacular. Expulsão vigorosa; forte derramamento (de líquido); jato. 2. Em fisiologia, emissão de esperma pela uretra no momento do orgasmo. 3. Por extensão de sentido, qualquer emissão. 4. No sentido figurado, fartura de palavras; arrazoado.
12 Impotência: Incapacidade para ter ou manter a ereção para atividades sexuais. Também chamada de disfunção erétil.

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