Síndrome metabólica - como ela é? Quais as consequências de não tratá-la?
O que é a síndrome metabólica1?
A expressão Síndrome Metabólica1 refere-se a um conjunto de fatores metabólicos que se manifestam num indivíduo e aumentam os riscos de desenvolver doenças cardíacas, acidentes vasculares2 cerebrais e diabetes mellitus3. A Síndrome Metabólica1 tem como base a resistência à ação da insulina4, obrigando o pâncreas5 a produzir mais insulina4 e elevando o nível dela no sangue6.
Quais são as causas da síndrome metabólica1?
Fatores genéticos, excesso de peso (principalmente na região abdominal) e ausência de atividade física contribuem para o aparecimento da síndrome metabólica1 e indicam a maneira de preveni-la ou combatê-la.
Saiba mais sobre "Acidente vascular cerebral7", "Diabetes mellitus3", "Obesidade8" e "Atividade física".
Qual é o mecanismo fisiológico9 da síndrome metabólica1?
A resistência insulínica, ocorrência central da Síndrome Metabólica1, corresponde a uma dificuldade desse hormônio10 em exercer suas ações, responsáveis por retirar a glicose11 do sangue6 e levá-la para o interior das células12 do organismo. A insulina4 também é responsável por inúmeras outras funções no organismo, participando, por exemplo, do metabolismo13 das gorduras, sendo sua ação fundamental para a vida. Geralmente ela está associada à obesidade8, sendo esta a forma mais aparente da resistência.
Quais são as principais características da síndrome metabólica1?
Nos Estados Unidos, um em cada cinco adultos tem a Síndrome Metabólica1. Para a maioria das pessoas, o desenvolvimento da síndrome14 aumenta com o envelhecimento. O risco aumenta se a pessoa tem uma vida sedentária, se tem aumento do peso corporal, principalmente na região abdominal, histórico de diabetes mellitus3 na família, níveis elevados de gordura15 no sangue6 e pressão alta (hipertensão arterial16).
A maioria das pessoas que tem a Síndrome Metabólica1 não apresenta sintomas17 até que lhe ocorra uma doença grave, como as doenças cardiovasculares18 e o diabetes mellitus3. Assim, não existe um único critério aceito universalmente para definir esta Síndrome14.
Como o médico diagnostica a síndrome metabólica1?
O diagnóstico19 é dado quando três ou mais fatores de risco abordados abaixo estiverem presentes:
- Grande quantidade de gordura abdominal20 (em homens com cintura maior que 102cm e nas mulheres com cintura maior que 88cm).
- Baixo HDL21 ou "bom colesterol22" (em homens com menos que 40 mg/dl23 e nas mulheres com menos do que 50 mg/dl23).
- Triglicerídeos elevados a 150 mg/dl23 ou superior.
- Pressão sanguínea alta, superior a 135/85 mmHg.
- Glicose11 elevada a mais de 110 mg/dl23.
Apresentar três ou mais dos fatores acima sinaliza a presença de resistência à insulina24.
Leia sobre "Gordura abdominal20", "Medida da cintura", "Colesterol22 HDL21", "Hipertensão arterial16" e "Triglicérides25 altos".
Como o médico trata a síndrome metabólica1?
A realização ou o aumento da atividade física e a perda de peso são as atitudes mais adequadas no tratamento da síndrome metabólica1, mas pode ser necessário usar medicamentos para tratar os fatores de risco. Entre eles estão os chamados "sensibilizadores da insulina4", que ajudam a baixar a açúcar26 no sangue6, os medicamentos para pressão alta e aqueles para baixar a gordura15 no sangue6.
Como evolui a síndrome metabólica1?
A mortalidade27 geral na Síndrome Metabólica1 é duas vezes maior que na população normal e a mortalidade27 cardiovascular é três vezes maior.
Como prevenir a síndrome metabólica1?
Perder peso e praticar alguma atividade física são as melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica1. Detectar precocemente o problema pode reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas e do diabetes mellitus3.
Veja também sobre "Comportamento da glicemia28", "Índice de massa corporal29" "Sete passos para um coração30 saudável" e "Saúde31 cardiovascular ideal na infância".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.