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Coriza - ela tem consequências? Por que devemos tratá-la?

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O que é coriza1?

A coriza1, popularmente conhecida como "nariz2 escorrendo", é um tipo de rinorreia3 em que o corrimento nasal é claro, transparente, amarelo ou misturado com sangue4. A coriza1 não é uma doença, mas um sintoma5 de alguma doença.

Quais são as causas da coriza1?

A coriza1 é consequente a uma inflamação6 da mucosa7 nasal por vírus8 ou por uma alteração climática, por exemplo, assim como também por reações alérgicas ao pólen de plantas, à poeira, a cheiros, etc.

Quais são as principais características clínicas da coriza1?

A condição etiológica mais comum que envolve a coriza1 é a rinite9 alérgica. Nela, a coriza1 é transparente e além da coriza1 o paciente pode apresentar espirros, coceira no nariz2 e obstrução nasal. É um sintoma5 muito incômodo que, se persistente, pode provocar distúrbios do sono, dificuldade de aprendizado, baixo rendimento escolar e faltas ao trabalho.

Quando o corrimento nasal não tratado passa de transparente para amarelo-esverdeado e juntamente com isso ocorre tosse, dor e sensação de peso na cabeça10, o processo quase certamente está caminhando ou já se tornou uma rinossinusite bacteriana.

Saiba mais sobre "Vírus8", "Rinite9", "Espirros", "Tosse" e "Sinusite11".

Como o médico diagnostica a coriza1?

O diagnóstico12 da coriza1 é auto evidente e feito clinicamente. O diagnóstico12 de suas causas certas vezes pode exigir alguns exames de laboratório. Como quase sempre esses casos são de fácil compreensão e auto resolutivos, eles costumam não chegar aos médicos.

Como o médico trata a coriza1?

Os mesmos medicamentos que tratam os sintomas13 da gripe14 (antialérgicos e antipiréticos15) podem ser usados para aliviar a coriza1 durante gripes e resfriados. Esses medicamentos contêm também substâncias vasoconstritoras que contribuem para a diminuição da obstrução nasal. Eles, no entanto, devem ser usados com moderação e sob orientação médica porque não são de todo inofensivos.

Além disso, é recomendado repouso, beber bastante líquido e assoar o nariz2 para eliminar parte do muco. Ainda como recursos caseiros para combater a coriza1 está o suco de caju ou de laranja, rico em Vitamina16 C, e fazer uma lavagem nasal com o soro17 fisiológico18.

Como evolui a coriza1?

Se não tratada, a coriza1 aumenta a probabilidade de se desenvolver sinusite11, bronquite ou mesmo pneumonia19.

Leia sobre "Resfriado comum", "Gripe14", "Bronquite" e "Pneumonia19".

Quais são as complicações possíveis da coriza1?

A coriza1 pode parecer um sintoma5 tão inofensivo que muitas vezes é negligenciado. No entanto, o não tratamento pode causar complicações, alterando o aproveitamento escolar e no trabalho. A exacerbação da rinite9 alérgica pode precipitar os sintomas13 de asma20 e o controle da rinite9 alérgica pode facilitar o controle da asma20. Crianças com rinite9 alérgica têm seis vezes mais chance de apresentar asma20 do que a população geral.

Veja também sobre "Asma20", "Pólipos21 nasais", "Desvio de septo nasal22", "Alergia23" e "Epistaxe24".

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas em parte dos sites da http://www.otorrinousp.org.br/, da Fundação Otorrinolaringologia, do Brazilian Journal of Otorhinolaryngology e do do International Archives of Otorhinolaryngology.

ABCMED, 2017. Coriza - ela tem consequências? Por que devemos tratá-la?. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1302408/coriza-ela-tem-consequencias-por-que-devemos-trata-la.htm>. Acesso em: 29 mar. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Coriza: Inflamação da mucosa das fossas nasais; rinite, defluxo.
2 Nariz: Estrutura especializada que funciona como um órgão do sentido do olfato e que também pertence ao sistema respiratório; o termo inclui tanto o nariz externo como a cavidade nasal.
3 Rinorreia: Escoamento abundante de fluido pelo nariz, com ausência de fenômeno inflamatório.
4 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
5 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
7 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
8 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
9 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
10 Cabeça:
11 Sinusite: Infecção aguda ou crônica dos seios paranasais. Podem complicar o curso normal de um resfriado comum, acompanhando-se de febre e dor retro-ocular.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
14 Gripe: Doença viral adquirida através do contágio interpessoal que se caracteriza por faringite, febre, dores musculares generalizadas, náuseas, etc. Sua duração é de aproximadamente cinco a sete dias e tem uma maior incidência nos meses frios. Em geral desaparece naturalmente sem tratamento, apenas com medidas de controle geral (repouso relativo, ingestão de líquidos, etc.). Os antibióticos não funcionam na gripe e não devem ser utilizados de rotina.
15 Antipiréticos: Medicamentos que reduzem a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Entretanto, eles não vão afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo “ignore“ um aumento de temperatura induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.
16 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
17 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
18 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
19 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
20 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
21 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
22 Septo Nasal: A divisão que separa as duas cavidades nasais no plano medial, composta de cartilagens, membranas e partes ósseas.
23 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
24 Epistaxe: Hemorragia de origem nasal.
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