Orquite ou orqueíte: o que é? Quais as causas e os sintomas? O que fazer?
O que é orquite1?
A orquite1 (ou orqueíte) é uma inflamação2 aguda ou crônica do(s) testículo3(s) (uni ou bilateral) que, se não tratada adequadamente ou a tempo, pode levar à impotência4 ou à esterilidade5. É frequente que também o epidídimo6 seja afetado, gerando uma orquiepididimite7.
Quais são as causas da orquite1?
A orquite1 pode ser causada pelos mais diversos fatores, tais como bactérias, vírus8, parasitas, espiroquetas, ou ainda, ser devido a traumas, a causas químicas ou ser idiopática9 (de causa desconhecida). Um dos principais fatores causadores de orquite1 é o vírus8 da caxumba10. Por isso, pessoas que não tenham sido infectadas anteriormente pelo vírus8 da caxumba10 devem ser vacinadas contra ele, pois um em cada cinco homens que tenham caxumba10 desenvolve alguma forma de orquite1, potencialmente esterilizadora e causadora de impotência4.
Quais são os principais sinais11 e sintomas12 da orquite1?
Os principais sinais11 e sintomas12 da orquite1 aguda são:
- Inchaço13 (aumento do volume) e dor no(s) testículo3(s) que se propaga para a fossa ilíaca14 do mesmo lado e que se exacerba com o manuseio dos testículos15.
- Escroto16 hiperemiado.
- Sensação de peso no escroto16.
- Ejaculação17 de sangue18.
- Hematúria19.
- Suor nos testículos15.
- Febre20.
- Mal-estar.
A orquite1 crônica pode ser assintomática ou apresentar apenas um pequeno desconforto no escroto16.
Como o médico diagnostica a orquite1?
O diagnóstico21 da orquite1 depende da história de saúde22 e de um exame clínico bem feito, que permita afastar outros diagnósticos diferenciais. Como diagnóstico21 complementar, podem ser realizados alguns exames como exame comum de urina23, urocultura e ecografia24 escrotal com Doppler.
Como o médico trata a orquite1?
A orquite1 de causa viral, bacteriana ou fúngica25 deve ser tratada com antibióticos específicos para o agente causal. Outras medidas de tratamento incluem repouso, elevação da bolsa escrotal, compressas geladas, analgésicos26 e anti-inflamatórios.
Como evolui a orquite1?
Geralmente, a orquite1 cura-se sem deixar sequelas27. No entanto, a orquite1 bilateral pode levar à infertilidade28 em cerca de 4% dos casos.
Outras sequelas27 possíveis são a atrofia29 dos testículos15 e a formação de abscessos30.
Em casos extremos de orquite1, a orquiectomia31 (remoção cirúrgica dos testículos15) pode se fazer necessária.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.