Prostatite. Como é o diagnóstico e quais os tratamentos disponíveis?
Como é feito o diagnóstico1 das prostatites?
O diagnóstico1 de prostatite2 envolve a exclusão de outras doenças que podem estar causando os sintomas3 e a determinação do tipo de prostatite2 apresentada pelo paciente.
O médico, geralmente um clínico geral ou um urologista4, questiona sobre a história clínica e os sintomas3 e em seguida faz um exame físico. Ele examinará o abdome5, os órgãos genitais e provavelmente fará um toque retal. Durante o exame de toque retal, o médico irá inserir um dedo, com luva lubrificada, no reto6 do paciente. Este exame permite que o médico seja capaz de sentir a superfície, o tamanho e a consistência da próstata7 e julgue se a glândula8 está aumentada, com nódulos, lisa, irregular, dura ou mole.
Após o exame físico, às vezes faz-se necessária a solicitação de exames complementares.
- Uma ultrassonografia9 transretal, podendo ter ou não a necessidade de uma biópsia10, muitas vezes é solicitada para esclarecer o diagnóstico1.
Outros exames que podem ser necessários:
- Dosagem do PSA, que pode estar elevado nas prostatites.
- Análises de urina11 ou sêmen12 para verificar sinais13 de infecção14.
- Hemocultura. Este teste é utilizado para ver se há sinais13 de infecção14 no sangue15.
- Exame de cistoscopia16. O médico pode usar um instrumento chamado cistoscópio para examinar a uretra17, a bexiga18 e a próstata7. O cistoscópio é um pequeno tubo com uma lente de luz e de aumento ou com uma câmera que é inserido através da uretra17, chegando na bexiga18. Este exame é utilizado para excluir outras condições que possam estar causando os sintomas3.
- Testes urodinâmicos. O médico pode solicitar testes usados para verificar o quão bem você pode esvaziar sua bexiga18. Isso ajuda a entender o quanto a prostatite2 está afetando a capacidade de urinar.
Prostatite2 altera o PSA?
A prostatite2 pode aumentar os níveis de antígeno19 prostático específico (PSA) no sangue15, uma proteína produzida pela próstata7. A dosagem de PSA é geralmente utilizada para triagem do câncer20 de próstata7. Células21 cancerosas produzem mais PSA do que as células21 não cancerosas, causando aumento dos níveis do PSA em casos de câncer20. Estes níveis elevados podem indicar a presença de um câncer20 de próstata7. No entanto, outras condições que não são câncer20 de próstata7, incluindo a prostatite2, podem aumentar os níveis de PSA.
Não há nenhuma evidência direta de que a prostatite2 pode levar ao câncer20 de próstata7.
Quais os tratamentos e medicamentos disponíveis para a prostatite2?
Os tratamentos variam dependendo da causa subjacente. Eles podem incluir:
- Antibióticos. Este é o tratamento mais comumente prescrito para a prostatite2. A escolha do antibiótico será baseada no tipo de bactéria22 que causa a infecção14. Caso os sintomas3 sejam graves, o médico pode optar pelo tratamento por via endovenosa. É provável que o uso de antibióticos por via oral possa se estender por quatro a seis semanas e na prostatite2 crônica ou recorrente às vezes é até mais prolongado. Usar as medicações prescritas como indicado, mesmo se você estiver se sentindo melhor, é fundamental para o sucesso terapêutico. Caso contrário o tratamento pode não funcionar. Caso os antibióticos não funcionem, a prostatite2 pode ser causada por algo diferente de uma infecção14 bacteriana.
- Bloqueadores alfa-adrenérgicos23. Estes medicamentos ajudam a relaxar o colo24 da bexiga18 e as fibras musculares25 no local em que a próstata7 se une à bexiga18. Este tratamento pode diminuir os sintomas3 da dor ao urinar. Efeitos colaterais26 comuns incluem dores de cabeça27 e diminuição da pressão arterial28.
- Analgésicos29. Analgésicos29 como a aspirina ou o ibuprofeno ajudam a aliviar a dor. As doses corretas devem ser indicadas pelo médico assistente, pois o uso excessivo desses medicamentos pode causar problemas.
Outros potenciais tratamentos para a prostatite2 estão sendo estudados. Estes tratamentos incluem terapia com calor com um dispositivo de microondas e medicamentos à base de extratos vegetais.
Quais mudanças no meu estilo de vida podem ajudar a aliviar os sintomas3 da prostatite2?
- Em caso de dor, um banho quente de assento pode ajudar no alívio do sintoma30.
- Limitar ou evitar o álcool, cafeína e alimentos picantes ou ácidos. Restrições na dieta só são necessárias caso o paciente observe que este tipo de alimento piora os sintomas3.
- Caso trabalhe sentado por muitas horas, use um travesseiro ou almofada inflável para aliviar a pressão sobre a próstata7.
- Evite andar de bicicleta ou tenha uma bicicleta com banco acolchoado para aliviar a pressão sobre a próstata7.
- Biofeedback. Este é um método para ensiná-lo a usar seus pensamentos para controlar seu corpo. Um especialista em biofeedback utiliza equipamentos de monitoramento de sinais13 para ensinar-lhe controlar as funções do corpo e as respostas certas, incluindo relaxar os músculos31. Alguns estudos pequenos têm sugerido o benefício deste processo para controlar a dor associada à prostatite2.
- Acupuntura. Este tipo de tratamento envolve a inserção de agulhas muito finas através de sua pele32, em diferentes profundidades em alguns pontos do seu corpo. Alguns estudos pequenos demonstraram que a acupuntura pode ajudar com os sintomas3 de prostatite2.
Quais são as complicações de uma prostatite2 não tratada corretamente?
As complicações de prostatite2 podem incluir:
- Infecção14 bacteriana do sangue15 (bacteremia33).
- Inflamação34 do epidídimo35 (epididimite).
- Abscesso36 na próstata7.
- Anormalidades no esperma37 e infertilidade38 (isso pode ocorrer nos casos de prostatite2 crônica).
É importante lembrar que a prostatite2 não é contagiosa39.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.