Ruptura de menisco
O que são meniscos1?
Os meniscos1 são formações constituídas por um tecido2 fibrocartilaginoso, acessórias das articulações3, servindo principalmente para orientar os movimentos da articulação4, e que têm como característica principal a ausência de vascularização. Por isso, as lesões5 do menisco6 não podem ser reparadas espontaneamente, através de cicatrização.
Os meniscos1 principais dos joelhos são dois: um na metade externa da articulação4 (menisco6 lateral) e outro na metade interna (menisco6 medial). O menisco6 lateral é menor em diâmetro e menos móvel que o medial e se rompe menos frequentemente. Eles se assentam entre as extremidades inferior do fêmur7 e a extremidade superior da tíbia8. Enquanto as extremidades de cada um desses ossos têm uma cobertura fina de cartilagem hialina9 mole, os meniscos1 são feitos de fibrocartilagem10 dura adaptadas às superfícies dos ossos em que se apoiam.
O que é ruptura de menisco6?
A ruptura do menisco6 é uma lesão11 que ocorre quando partes da cartilagem12 meniscal são rompidas. Lesões5 de menisco6 são frequentemente vistas em atletas como resultado de uma lesão11 esportiva, mas podem ocorrer a outras pessoas. Há rupturas parciais ou totais de um menisco6 lateral ou medial. Lesões5 mediais são mais comuns que as laterais.
Além das lesões5 que ocorrem nos esportes, a osteoartrite13 também pode levar a uma ruptura meniscal espontânea através da quebra e enfraquecimento da estrutura meniscal.
Saiba mais sobre "Osteoartrite13", "Artrite14", "Artrose15" e "Dor nos joelhos".
Quais são as causas da ruptura do menisco6?
As rupturas meniscais podem ocorrer em todas as faixas etárias. As duas causas mais comuns de uma ruptura meniscal são lesões5 traumáticas dos joelhos ou processos degenerativos16.
As rupturas traumáticas são mais comuns em pessoas ativas entre 10 e 45 anos. Elas são radiais ou verticais no menisco6 e mais propensas a produzir um fragmento17 móvel que pode travar o joelho e, portanto, requerer tratamento cirúrgico. Os meniscos1 podem romper-se durante atividades inócuas, como caminhar ou se agachar, mas geralmente o menisco6 se rompe quando lesado por movimentos que giram o joelho com muita força, enquanto o pé está firmemente plantado no chão. Possíveis fatores de risco para rupturas meniscais são esportes, idade avançada, sexo masculino e patologias pré-existentes, como osteoartrite13.
As rupturas degenerativas18 são mais comuns em pessoas acima de 40 anos de idade, mas podem ser encontradas em qualquer idade, especialmente com a obesidade19. Acredita-se que as rupturas meniscais degenerativas18 ocorrem como parte do processo de envelhecimento, quando as fibras de colágeno20 dentro do menisco6 começam a se romper e emprestam menos apoio à estrutura do menisco6. As rupturas degenerativas18 são horizontais, produzindo um segmento superior e um inferior do menisco6. Esses segmentos, na maioria dos casos, não se movem para fora do lugar e, portanto, são menos propensos a produzir sintomas21 mecânicos.
Qual é o mecanismo fisiológico22 da ruptura de menisco6?
Durante a torção23 do joelho, o menisco6 insinua-se entre as superfícies articulares do fêmur7 e da tíbia8. Não existindo pressão entre elas, o menisco6 retorna à sua situação original, sem que haja ruptura. Se houver pressão entre os côndilos24 enquanto se processar a torção23, os meniscos1 podem se romper. A ruptura pode acontecer de várias maneiras diferentes, de acordo com a região lesada.
Quais são as principais características clínicas da ruptura de menisco6?
Lesões5 especialmente agudas, na maioria das vezes em pacientes jovens e pessoas ativas, levam a lesões5 que podem causar sintomas21 mecânicos, como estalidos e travamento dos movimentos da articulação do joelho25. Os sinais26 e sintomas21 comuns de um menisco6 rompido são dor no joelho, particularmente ao longo da linha articular, e inchaço27. Estes são piores quando o joelho tem de suportar mais peso como, por exemplo, quando se está correndo.
Outra queixa típica é o bloqueio dos movimentos das articulações3, quando a pessoa afetada não consegue mover totalmente a perna, em todos os seus eixos. Isso pode ser acompanhado pelo som de um clique. Às vezes, uma ruptura meniscal também provoca uma sensação de que o joelho falseia.
Como o médico diagnostica a ruptura do menisco6?
Depois de recolher os sintomas21, o médico pode realizar testes clínicos específicos para determinar se a dor é causada pela compressão de um menisco6 rompido. Pressionar a linha articular no lado afetado normalmente produz hipersensibilidade no joelho que, em geral, estará inchado. Dobrar o joelho em hiperflexão, se tolerável, e especialmente agachar-se, é tipicamente uma manobra dolorosa se o menisco6 estiver rompido. A amplitude de movimento da articulação4 frequentemente fica restrita. Radiografias e imagens de ressonância magnética28 podem ser obtidas para ajudar no diagnóstico29 e descartar outras condições anômalas.
Como o médico trata a ruptura do menisco6?
Se a ruptura não for séria, a fisioterapia30, a compressão, a elevação do membro, a aplicação de gelo no joelho e alguns medicamentos (analgésicos31 e anti-inflamatórios) podem ser suficientes para curar o menisco6. Rupturas mais graves podem exigir procedimentos cirúrgicos. O menisco6 pode ser reparado ou completamente removido. A cirurgia artroscópica é uma técnica cirúrgica que usa uma câmera endoscópica. A cirurgia não deve ser recomendada para as rupturas degenerativas18 do menisco6, a menos que haja travamento ou dor incessante no joelho.
Como prevenir a ruptura do menisco6?
Existem três formas principais de prevenir uma ruptura do menisco6:
- A primeira delas é usar o calçado correto para o esporte ou atividade que se deseja praticar.
- A segunda maneira é fortalecer e alongar os músculos32 das pernas maiores antes da atividade física ser executada.
- A última maneira de prevenir uma ruptura no menisco6 é aprender a técnica apropriada para cada movimento que esteja ocorrendo.
Leia sobre "Ressonância magnética28", "Fisioterapia30", "Artroscopia33 de joelho" e "Atividade física".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.