Parto de cócoras: como é? Quais as vantagens e desvantagens? Como evolui?
O que é o parto de cócoras?
O parto de cócoras, ou parto vertical, é idêntico ao parto vaginal natural, mudando, no entanto, a posição da mãe, que em vez de ficar na posição ginecológica1 usual mantém-se de cócoras. Assim, o parto é mais rápido, pois a expulsão do bebê conta com a ajuda da gravidade, além de ser mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê. Trata-se de uma posição bastante utilizada pelas índias, mas pouco usada pelas mulheres civilizadas.
Em que consiste o parto de cócoras?
O parto de cócoras consiste em a mulher adotar a posição de cócoras no momento da expulsão do bebê, quando o colo uterino2 estiver completamente relaxado (dez centímetros ou mais) e quando sentir vontade de fazer força para expulsar o feto3. Antes do parto, a mulher deve realizar exercícios que fortifiquem os músculos dos membros inferiores4 e do períneo5 e praticar a posição de cócoras, para adaptar-se a ela, o que pode ser feito, por exemplo, apoiando-se numa cadeira. Nas clínicas que costumam realizar este tipo de parto existem cadeiras especiais, apropriadas para que facilitem esta postura. A posição vertical é mais natural que a posição ginecológica1 tradicional. A saída do bebê é auxiliada pela gravidade e a pessoa que ajuda no parto apenas tem de aparar o bebê para que ele tenha uma expulsão suave, não muito rápida e traumática. Esse tipo de parto pode ser realizado em qualquer lugar, desde que sejam observadas condições adequadas de higiene e limpeza, mas deve ser assistido por um médico capaz de intervir em eventuais dificuldades e, preferencialmente, o pai pode estar presente, se isso oferecer conforto e incentivo à parturiente. As providências e cuidados que devem se seguir ao parto de cócoras são as mesmas que se seguem ao parto normal.
Quais são as vantagens e as desvantagens do parto de cócoras?
As principais vantagens para a mãe são um período expulsivo de menor duração, maior alargamento da pelve6, relaxamento facilitado dos músculos7 da região, menores dores no momento da expulsão, menor trauma perineal e recuperação mais rápida após o parto, mais precoce e efetiva. Para o recém-nascido, as vantagens são um melhor Apgar (estado de saúde8 avaliado por testes específicos, logo após o nascimento). As condições fisiológicas9 associadas e essas vantagens, tanto para a mãe como para o feto3, são devidas à ajuda natural da gravidade, ao aumento da área do canal do parto, melhor circulação10 do sangue11 na região do útero12 e da placenta, etc. A única desvantagem consiste em exigir certo esforço da mulher, muitas vezes já exausta de um trabalho de parto prolongado.
Quem pode e quem não pode realizar o parto de cócoras?
O parto de cócoras pode ser feito por qualquer mulher que o deseje, desde que tenha tido uma gravidez13 normal e em que o bebê esteja voltado de cabeça14 para baixo. Ele não deve ser realizado se o bebê não estiver em apresentação cefálica, se a gravidez13 tiver sido de risco, o bebê for muito grande ou a parturiente não tiver alcançado dez centímetros de dilatação do colo do útero15.
Como evolui o parto de cócoras?
De um modo geral, não há riscos específicos relacionados ao parto de cócoras. Apenas pode haver as mesmas dificuldades de nascer que ocorrem no parto tradicional, o que pode exigir uma intervenção médica mais ativa. Se a mulher desejar evitar a dor, pode receber a raquianestesia que combina um analgésico16 com doses mínimas de anestésico e, assim, não imobiliza as suas penas. A necessidade de praticar a episiotomia17 (incisão18 efetuada no períneo5 para ampliar o canal do parto) é muito menor em mulheres que escolhem fazer o parto de cócoras.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.